Fevereiro fecha com pior pico de contágios da pandemia

Fevereiro foi mais explosivo que janeiro, que já era inédito para os padrões de contágios da pandemia no Brasil. Apesar disso, número de mortes não quebrou recordes, devido ao avanço da vacinação.

Testagem de covid explodiu em fevereiro a níveis inéditos na pandemia. © Breno Esaki/Agência Saúde DF

Fevereiro chega ao fim como o mês com o maior contágio de Covid registrado em toda a pandemia até aqui, mesmo com apenas 28 dias. Foram 3.331.967 casos conhecidos a mais neste mês, acima dos 3.168.732 anotados em janeiro, o segundo pior mês nesse aspecto até o momento. O cálculo é do consórcio da imprensa.

A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 76.497 – completando uma semana abaixo da marca de 100 mil. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -40%, indicando tendência de queda nos casos da doença.

O Brasil chegou a 649.333 mortes em decorrência da covid-19, informou hoje (28) o Ministério da Saúde. Em 24 horas, foram confirmados 199 óbitos e 19.516 diagnósticos positivos da doença, totalizando 28.787.620 pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia. Ontem (27), o painel de informações da pandemia administrado pelo ministério trazia 28.768.104 casos acumulados.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 678 – pelo 2º dia abaixo da marca de 700, após 23 dias acima. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de –20%, indicando tendência de queda nos óbitos decorrentes da doença pelo segundo dia seguido.

A quantidade de casos em acompanhamento está em 1.801.914. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

Ainda há 3.116 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a apuração sobre a causa ter sido a covid-19 continua em andamento.

Até hoje, 26.336.373 pessoas se recuperaram da covid-19, segundo os dados oficiais. O número corresponde a 91,5% dos infectados desde o início da pandemia.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados.

Hoje, o Mato Grosso não atualizou as informações, e a Paraíba enviou apenas o número de mortes.

Boletim epidemiológico da covid-19 de 28 de fevereiro de 2022
Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (164.532), Rio de Janeiro (71.778), Minas Gerais (59.645), Paraná (42.307) e Rio Grande do Sul (38.272).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.972), Amapá (2.102), Roraima (2.134), Tocantins (4.109) e Sergipe (6.250).

Depois de um longo período com quase a totalidade dos estados com aceleração de mortes, agora estão apenas Goiás e Alagoas em alta. A maioria apresenta queda no número de óbitos. São 16 estados (CE, BA, SP, SC, PR, RJ, SE, MT, ES, TO, PI, RO, AC, RN, PB, AP). Outros 7 mais o DF estão estabilizados, enquanto o Amazonas não divulgou dados.

Vacinação: 72,23%

Os dados do consórcio de veículos de imprensa desta segunda-feira (28) mostram que 155.168.678 pessoas estão totalmente imunizadas. Este número representa 72,23% da população total do país. A dose de reforço foi aplicada em 64.398.505 pessoas, o que corresponde a 29,98% da população.

A população com 5 anos de idade ou mais (ou seja, a população vacinável) que está parcialmente imunizada é de 86,24% e a população com 5 anos ou mais que está totalmente imunizada é de 77,53%. A dose de reforço foi aplicada em 39,81% da população com 18 anos de idade ou mais, faixa de idade que atualmente pode receber o reforço da vacinação.

Apenas o Amapá não divulgou dados de doses aplicadas em crianças até o momento. No total, 8.884.257 doses foram aplicadas em crianças, que estão parcialmente imunizadas. Este número representa43,34% da população nessa faixa de idade que tomou a primeira dose.

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