Deputados elogiam presidente do TSE e defendem o sistema eleitoral

O posicionamento de Edson Fachin levou Bolsonaro a baixar o tom. “Ninguém quer atacar as urnas, atacar a democracia, nada disso”, respondeu ele ao ministro

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Após a ampliação dos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, deu respostas firmes que reforçaram o papel da Justiça Eleitoral na condução do processo. No primeiro momento, o ministro não deixou dúvidas sobre a segurança das urnas ao responder os últimos questionamentos feitos por militares e, no segundo, foi taxativo:  “Quem trata de eleições são as forças desarmadas”.

O posicionamento de Fachin levou Bolsonaro a baixar o tom. “Ninguém quer atacar as urnas, atacar a democracia, nada disso”, respondeu ele ao presidente do TSE.

No parlamento, a defesa do sistema eleitoral é quase pacífica. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou: “Nosso sistema eletrônico de votação é motivo de orgulho para nós brasileiros e referência no mundo. Em 18 eleições ao longo de 25 anos desde a implementação das urnas eletrônicas, não houve registro de fraude.”

Em evento promovido pelo BTG Pactual, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o sistema eleitoral e disse que as urnas eletrônicas são confiáveis.

“Sereno e firme, o ministro Edson Fachin acertou no tom e no conteúdo de sua resposta aos ataques à Justiça Eleitoral. Quem trata de eleições são forças desarmadas, civis, que não precisam e nem devem se submeter à tutela de ninguém. A democracia irá vencer e prevalecer”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Os deputados petistas Carlos Zaranttini (SP) e Erika Kokay (DF) elogiaram a fala do presidente do TSE sobre “quem trata de eleições são as forças desarmadas”. “Fachin sobe o tom contra golpismo de Bolsonaro”, considerou Kokay. “Excelente resposta do ministro Fachin”, avaliou Zaranttini.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também destacou a fala de Fachin e disse que as Forças Armadas devem se limitar ao seu papel institucional: “Que não é tutelar TSE nem salvar ex-capitão do desespero de perder a eleição”.

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