O Brasil precisa de mais mulheres na política e já

Mesmo com a obrigatoriedade de uma cota de 30% de candidatas, muitas candidaturas de mulheres ocorrem por mera formalidade e poucas têm apoio partidário

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Somos 53% do eleitorado, diz o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas a nossa representatividade no Congresso Nacional é de cerca de 15% apenas. Em 2018, elegemos somente uma governadora em 27 unidades da federação e em 2020 apenas uma prefeita entre as 26 capitais dos estados.

Os fatores para isso acontecer vão desde o machismo arraigado pela ideologia patriarcal, dominante há séculos em nossa sociedade, ao descaso da maioria dos partidos para com as candidaturas das mulheres.

Mesmo com a obrigatoriedade de uma cota de 30% de candidatas, muitas candidaturas de mulheres ocorrem por mera formalidade e poucas têm o apoio partidário de que necessitam para competir em condições de igualdade com candidatos homens.

As eleições de 2022 são cruciais por diversos aspectos. A nossa luta é para unir todos os setores democráticos da sociedade paras vencer o fascismo e devolvê-lo para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Devemos devolver o fascismo para o esgoto.

Além da necessária unidade dos partidos e movimentos sociais que defendem a democracia, a Constituição Federal e um projeto de desenvolvimento com combate às desigualdades, precisamos da presença de mais mulheres nas instâncias de poder para termos uma representatividade mais coerente com a nossa formação populacional.

E para haver mais coesão, é fundamental elegermos mais negras e negros, mais indígenas, mais LGBTQIA+, mais representantes da classe trabalhadora. Enfim, mais pessoas comprometidas com o progresso com justiça social e com o protagonismo do Brasil no cenário mundial. E também para lutar pelo trabalho decente, com todos os direitos garantidos em lei. Mais mulheres na política para arregimentar todas as forças que lutam pelo Brasil dos nossos sonhos. Um Brasil onde prevaleça a justiça e a igualdade de direitos para todas as pessoas. Vamos juntas construir um futuro decente para nossas filhas e filhos, onde haja respeito à dignidade humana.

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