Senador dos EUA quer aprovar resolução em apoio à democracia brasileira

Democrata Bernie Sanders pretende apresentar projeto ainda neste mês para que seu país se manifeste em apoio à democracia e por eleições livres e justas no Brasil

Bernie Sanders. Foto: Phil Roeder/Creative Commons

A escalada golpista de Jair Bolsonaro (PL) vem recebendo reações internacionais de repúdio há algum tempo. E uma das mais recentes veio por iniciativa do senador democrata Bernie Sanders. Ele pretende apresentar ainda neste mês um projeto de resolução para que o Senado dos Estados Unidos se manifeste formalmente em apoio à democracia brasileira e à realização de eleições presidenciais livres e justas. 

O objetivo do projeto de resolução é apoiar o processo eleitoral de maneira que o vencedor do pleito — seja ele quem for — possa assumir o comando do país sem turbulências ou interferências autoritárias. A iniciativa pretende pedir que os EUA rompam laços com o Brasil caso haja algum tipo de reação contrária ao resultado das urnas. Segundo Sanders, ele já recebeu apoio dos democratas para a medida, mas nenhum membro do Partido Republicano se manifestou a respeito até o momento.

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Sanders declarou que “seria inaceitável que os Estados Unidos reconhecessem e trabalhassem com um governo que realmente perdeu a eleição. Seria um desastre para o povo do Brasil e enviaria uma mensagem horrível para o mundo inteiro sobre a força da democracia”. 

A insatisfação internacional com os arroubos autoritários de Bolsonaro se intensificou após a reunião convocada pelo presidente com embaixadores de vários países no dia 18 de julho. Na ocasião, Bolsonaro usou a estrutura governamental para novamente atacar, sem provas, as urnas eletrônicas.

No dia seguinte à reunião, a embaixada dos EUA em Brasília emitiu comunicado no qual afirmava que o sistema usado no Brasil é referência para outros países. “As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo”, diz a mensagem.

Com agências