Diante da agressividade, Lula aproveita para falar de suas realizações

Ao questionar o ex-presidente sobre a corrupção na Petrobras no seu governo, o atual presidente talvez esperasse um Lula levando o debate para o chão

(Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Lula evitou um possível bate-boca com Bolsonaro no primeiro confronto entre eles no debate presidencial da TV Band neste domingo (29). Ao questionar o ex-presidente sobre a corrupção na Petrobras no seu governo, o atual presidente talvez esperasse um Lula levando o debate para o chão.

Contudo, o ex-presidente não falou de rachadinhas, corrupção no MEC e na compra de vacina. Usou o tempo de resposta para rapidamente chamar Bolsonaro de mentiroso e aproveitou para falar das realizações do seu governo.

“Era preciso ser ele para me perguntar. E eu sabia que essa perguntar seria feita. É importante porque as pessoas precisam saber de que inverdades não valem a pena na televisão. Números mentirosos não compensam na televisão”, respondeu Lula.

Lembrou que nunca teve um presidente da República que fez mais investigações contra a corrupção. Citou a criação do Portal da Transparência, Fiscalização da Controladoria-Geral da União, Lei contra o crime Organizado, Lei contra Lavagem de Dinheiro e o funcionamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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Bolsonaro insistiu no tema falando da delação do ex-ministro Antonio Palocci, de creptocracia e aparelhamento do governo. “É indescritível o que nós acabamos de ouvir. O presidente deveria estar informado que foi exatamente no nosso governo que a Petrobras ganhou capitalização de R$ 70 bilhões”, respondeu.

A partir daí, o ex-presidente lembrou que seu governo foi marcado pelos seguintes feitos: maior inclusão social; maior geração de empregos; aumento do salário mínimo; investimento na agricultura familiar; investimento na pequena empresa e a criação do simples; 18 universidades federais, 78 campis e 422 escolas técnicas.

“Quando entrei na Presidência tinha 3 milhões de estudantes universitários, quando sai foram 8 milhões de estudantes nas universidades. No meu governo [houve] 51 milhões de terras para assentamento, o menor desmatamento da Amazônia. Foi no meu governo que houve acordo com Alemanha e Noruega para preservação exploração da riqueza da biodiversidade”, completou.

O ex-presidente ainda falou de política externa ressaltando que aumentou o fluxo comercial do país de R$ 100 bilhões para mais de R$ 500 bilhões. “Quando deixei a Presidência o país estava crescendo 7,5% ao ano e 20 milhões com carteira [assinada]”, disse.

“É um país que o atual presidente está destruindo. Ele está destruindo porque adora bravada, adora falar em número que não existem (…) Portanto, o país que eu deixei é um país que povo tem saudade, um pais que o povo tinha direito de viver dignamente e de cabeça erguida. Esse país vai voltar”, finalizou.

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