Bahia tem histórico de ‘viradas’ nas eleições para governador

Pesquisas eleitorais mostravam Jaques Wagner (2006) e Rui Costa (2014) atrás, mas foram eleitos ainda no 1º turno. Cenário atual mostra crescimento de Jerônimo (PT).

Jaques Wagner, Rui Costa, Lula, Jerônimo, Geraldo Júnior e Otto Alencar. Foto: Ricardo Stuckert

As últimas pesquisas de intenção de voto para o governo da Bahia mostram que o cenário de favoritismo de ACM Neto (União Brasil) foi abalado pelo crescimento de Jerônimo (PT).

De acordo com o instituto Ipec, Jerônimo reduziu 28 pontos da vantagem de ACM entre as duas últimas pesquisas. Pelo Datafolha, o ex-prefeito de Salvador caiu de 54% para 48% em três pesquisas, enquanto o candidato do PT foi de 16% para 31%.

Ao se considerar o histórico de viradas, é possível avaliar que a disputa pode trazer surpresas no dia 2 de outubro.

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Eleições na Bahia

Viradas eleitorais na Bahia, com as urnas contrariando o que as pesquisas eleitorais indicavam semanas antes das eleições, já aconteceram.

Em 2006, Jaques Wagner (PT) foi eleito governador contrariando as pesquisas que indicavam a reeleição de Paulo Souto. Como noticiou a Folha de São Paulo na ocasião, “inesperada vitória da Jaques Wagner” impôs derrota do carlismo no 1º turno.

Com Rui Costa (PT), atual governador da Bahia e sucessor de Wagner, aconteceu algo similar, em 2014. As pesquisas indicaram, durante toda a campanha, ampla vantagem de Paulo Souto (DEM hoje União Brasil), que concorria mais uma vez.

Monitoramento do então instituto Ibope, hoje Ipec, de julho, indicava Souto com 42% das intenções de voto e Costa com apenas 8%, na terceira colocação.

Conforme pesquisa feita onze dias antes da eleição, realizada em 5 de outubro, a distância havia diminuído, com 43% para Souto e 27% para Costa. Mesmo assim, a chance de vitória no primeiro turno do candidato do DEM era grande.

Porém, com o fechar das urnas, mais uma vez, o candidato ficou atrás do seu concorrente no primeiro turno: Rui Costa foi eleito com 54%.