Em ato na quadra da Portela, Lula defende a ciência e tecnologia

Na zona norte do Rio de Janeiro, o ex-presidente falou da importância em se investir na indústria naval e em pesquisa, como a que propiciou a exploração do pré-sal.

Lula com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil precisa se posicionar como potência mundial, investindo em ciência, tecnologia e educação. A fala ocorreu neste domingo (25/09), durante comício na quadra da escola de samba Portela, na cidade do Rio de Janeiro.

“A descoberta do pré-sal não foi sorte, foi investimento em pesquisa, muito investimento em pesquisa! Quando nós descobrimos, os pseudo-especialistas, que são chamados para dar palpite na televisão, disseram: ‘é, descobriram o pré-sal, mas não vão conseguir tirar o petróleo porque ele está a seis mil metros de profundidade’”, revelou ele, ressaltando que não vai privatizar a Petrobras.

As reservas do pré-sal foram descobertas em 2007. Três anos depois, em julho de 2010, a Petrobras ultrapassava os dois mil metros de água, dois mil metros de terra e dois mil metros de sal, para começar a extração do recurso natural, como recordou Lula.

“Eles diziam, ‘ah, vocês não vão conseguir tirar, porque não tem tecnologia’. Hoje o barril do petróleo, tirado a 6 mil metros de profundidade, está ao mesmo preço do petróleo tirado na Arábia Saudita a flor da terra. A Petrobras tem tecnologia, e o povo brasileiro não é burro, é inteligente, e ele sabe, que quando tem chance de estudar, os nossos pesquisadores não perdem para ninguém. A Petrobras é a maior empresa de prospecção em águas profundas”, reforçou.

O ex-presidente explicou ainda que quando resolveu que as plataformas de perfuração de petróleo deveriam ser produzidas no Brasil, para gerar emprego e renda para a população, os mesmos críticos receberam a iniciativa de forma negativa, dizendo que o país não possuía tecnologia.

“Pô, nós vamos fazer aqui! “Ah, o Brasil não sabe mais construir navios”. Então nós vamos voltar a fazer navios. Nós precisamos voltar a governar para a gente poder transformar esse país num país soberano”, completou.

Fim do sigilo de 100 anos

Em sua fala, Lula disse que uma de suas primeiras medidas será acabar com o sigilo de cem anos que Bolsonaro impôs tanto em seus próprios documentos, como nas investigações daqueles que rondam seu círculo íntimo.

“Eu vou ganhar as eleições, tomar posse e acabar com o sigilo dele no primeiro mês. É simples assim. Ele fez por decreto, eu vou decretar o fim. Fim do sigilo, quem não deve não tem medo. Então, senhor Bolsonaro, você precisa parar de ser garganta, de ser arrogante e precisa saber que tem contas a prestar. Não só o conjunto de patrimônio [comprado com dinheiro em espécie], ele vai ter que explicar o orçamento secreto também. Então, ele vai ter que explicar algumas para sociedade brasileira”, afirmou Lula.

Encontro na Portela

Foto: Ricardo Stuckert

Na quadra azul e branco, Lula esteve com lideranças como Eduardo Paes, prefeito da capital fluminense, da sambista Tia Surica, e de André Ceciliano, candidato ao Senado.

O ex-presidente foi “coroado” com um chapéu pela presidenta de honra da Portela, a Tia Surica, acompanhada, no palco, pelo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre, que segurava o pavilhão da escola.

Informações site do Lula

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