Governo corta verbas de combate ao câncer para bancar orçamento secreto

“Bolsonaro adora a morte! O governo cortou 61% das verbas para compra de equipamentos a hospitais que tratam doentes com câncer”, diz Orlando Silva

câncer - Reprodução da Internet

“Bolsonaro adora a morte! O governo cortou 61% das verbas para compra de equipamentos a hospitais que tratam doentes com câncer para manter o orçamento secreto, segundo o Estadão. Vou repetir: Bolsonaro tirou dinheiro do combate ao câncer para dar a aliados”, escreveu Orlando, candidato à reeleição, na rede social.

De acordo com o Estadão, o governo retirou até 61% do dinheiro para comprar equipamentos e reformar hospitais das redes de oncologia e maternidades para acomodar os R$ 19,4 bilhões reservados ao orçamento secreto, usado para acordos políticos com sua base aliada.

Na rubrica “estruturação de unidades de atenção especializada”, verba para bancar a construção, ampliação, reforma e aquisição de equipamentos e materiais permanentes, o governo reservou para este ano R$ 520 milhões para todas as ações, que foram reforçadas por emendas e chegaram a R$ 1,9 bilhão. Contudo, em 2023, o governo reservou apenas R$ 202 milhões, somados todos os planos de aplicação, uma queda de R$ 318 milhões.

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Com verba, o Ministério da Saúde repassa dinheiro a governos estaduais, prefeituras e entidades sem fins lucrativos para implementar, aparelhar e expandir os serviços de saúde hospitalares e ambulatoriais.

Além do mais, os recursos destinados a investimentos para prevenção e controle do câncer, historicamente a segunda doença que mais mata no país, foram reduzidos em 45%, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões, em 2023.

O governo já havia tesourado linearmente em 60% as verbas da saúde. A decisão atingiu, além das verbas para investimento, programas de atendimento direto, como o Farmácia Popular, que distribui medicamentos gratuitamente ou com desconto, e os atendimentos do programa Mais Médicos e Médicos pelo Brasil.

O programa Farmácia Popular, que fornece medicamentos para asma, hipertensão e diabetes, entre outros, assim como fraldas geriátricas, sofreu uma redução na verba de R$ 2,4 bilhões para R$ 1 bilhão, um corte de 59%. Mais Médicos e Médicos pelo Brasil perderão metade dos recursos: de R$ 2,96 bilhões para R$ 1,46 bilhão.

Deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP). Foto: Arquivo Agência Câmara

Fonte: Hora do Povo