Ciro evita falar do apoio dos irmãos ao candidato do PT no Ceará
O presidenciável do PDT está isolado na sua terra natal. Pela primeira vez, ele deve perder naquele estado a eleição para presidente
Publicado 28/09/2022 14:29 | Editado 28/09/2022 15:25
Em entrevista à TV Record na noite desta terça-feira (27), o candidato Ciro Gomes (PDT) evitou falar da briga com os irmãos Cid e Ivo Gomes, prefeito de Sobral, que fazem campanha para o candidato do PT ao Senado, Camilo Santana. Os irmãos também não embarcaram na candidatura ao governo de Roberto Cláudio (PDT) apoiada por Ciro, o que o presidenciável considerou como “facada nas costas”.
“Eu não vou me envolver no primeiro turno, porque eu quero ajudar a reconstruir uma aliança no segundo turno, se Deus quiser” afirmou Cid.
Ao ser questionado sobre o assunto pelo entrevistador Eduardo Ribeiro, o candidato fez um pedido: “Se você me permitir eu peço humildemente para não comentar isso, porque a facada ainda está doendo muito aqui. A ferida está aberta, sangrando neste momento, dói para valer”.
“Eu dei a minha vida inteira ao povo do Ceará e tive de volta do povo do Ceará honras e privilégios que hoje me permitem dizer: cearense, faça o que quiser de mim, o que vocês quiserem fazer eu estou agradecido”, disse.
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Lembrou ainda que venceu todas as eleições no estado. “É meu desejo que isso não mude, mas estou na mão dos cearenses. Não fiz campanha lá por isso, porque está doendo ainda (a traição)”, completou.
De fato, pela primeira vez Ciro pode perder no Ceará, sua terra natal. Enquanto Lula tem 63% das intenções de voto naquele estado contra 10% do pedetista, ele ainda observa Roberto Cláudio sem chances de ir ao segundo turno. A disputa deve ficar entre Elmano Freitas (PT) e o bolsonarista Capitão Wagner (União Brasil).
Na última pesquisa Ipec, Elmano tem 30% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Capitão Wagner, que tem 29%. Cláudio está em terceiro, com 22%.
Na segunda-feira (26), a governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), anunciou apoio a Elmano, candidato ao governo pela coligação Ceará Cada Vez Mais Forte. A aliança reúne PT, PCdoB, PV, PP, MDB, PRTB, PSOL, Rede e Solidariedade.
