Lula deve lançar carta em que pede maior participação política aos evangélicos

Documento a ser divulgado no sábado (15), deve pedir a evangélicos participação nas políticas sociais e prevenção a drogas.

09.09.2022- São Gonçalo (RJ) - Lula participa de encontro com Evangélicos

O candidato presidencial Luis Inácio Lula da Silva lança, no sábado (15), a “Carta Compromisso aos Evangélicos”. Em resumo, o petista faz um diálogo com o segmento religioso e deve indicar que evangélicos precisam participar ainda mais da vida nacional.

Segundo o colunista Octávio Guedes, do G1, a carta não se restringe a criticar fake news e o pânico moral usado pelo bolsonarismo para afastar religiosos de Lula, mas faz uma indicação prática de caminhos para futura parceria entre o governo e evangélicos para o desenvolvimento de políticas sociais.

A candidatura faz uma sinalização de resposta a programas criados pela ministra da Família, Damares Alves, em parceria com os evangélicos, como programas de proteção às mulheres, qualificação para o empreendedorismo, além de incentivo à cultura gospel, além de combate à fome e à extrema pobreza.

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“As igrejas evangélicas têm um papel fundamental na sociedade brasileira. Em lugares onde o Poder Público não consegue chegar, há congregações com irmãos e irmãs que trabalham ativamente nas suas comunidades com a propagação do Evangelho, se dedicam em levar paz, conforto espiritual às famílias e desenvolvem forte trabalho social. Vale destacar com ênfase a mulher evangélica, aguerrida em sua fé, dedicadas à oração e ao cuidado com suas famílias”, diz trecho do documento.

O petista também destacará leis relevantes para as comunidades evangélicas e que seu governo sancionou, como a lei da Liberdade Religiosa em 2003, a Marcha para Jesus em 2009, e o Dia Nacional do Evangélico em 2010.

A jornalista Andrea Sadi antecipou que a coligação defenderá a representatividade de evangélicos nas diferentes áreas do governo, atuando junto aos conselhos setoriais e constitucionais.

O texto deve apresentar alguns compromissos, como garantia da liberdade religiosa, da defesa da família e da vida; combate ao preconceito contra evangélicos; participação efetiva de evangélicos nas diferentes áreas do governo; Valorização de projetos já desenvolvidos nas áreas de assistência social.

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O texto recorre a versículo bíblico que apela à pacificação da sociedade brasileira. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5;9). “É a própria Bíblia que nos ensina andar pelo caminho da paz com todos e Jesus mostra que a casa dividida não prospera. Portanto, a tentativa de divisão dos brasileiros não ajuda a nossa nação. Somos um só povo”, diz a carta, segundo os colunistas.