Lula consolida vantagem sobre Bolsonaro na reta final, dizem pesquisas

Conforme pesquisas PoderData e Quaest, o ex-presidente tem 53% dos votos válidos, contra 47% de Bolsonaro

Duas novas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira (26) indicam que, na reta final das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolida sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). A quatro dias do segundo turno, Lula segue na liderança.

Conforme a pesquisa PoderData, o ex-presidente passou, em uma semana, de 52% para 53% dos votos válidos. Já Bolsonaro passou de 48% para 47%. A diferença anterior, de quatro pontos percentuais, já estava além do limite margem de erro da sondagem, que é de 1,5 ponto. Agora, ao abrir seis pontos, Lula se torna mais favorito à vitória.

Segundo o cientista político Rodolfo Costa Pinto, coordenador do PoderData, é provável que Bolsonaro tenha sido prejudicado com o criminoso ataque do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) a policiais federais no último domingo (23). “Pode ser um efeito direto do episódio envolvendo Roberto Jefferson, muito explorado pela oposição ao presidente e com grande exposição na internet e na mídia tradicional, sobretudo na 2ª feira, bem no meio da realização da pesquisa”, afirma Rodolfo. “Foi o único fato com potencial para ter impacto nos resultados.”

O PoderData ouviu 5 mil eleitores, por telefone, de 23 a 25 de outubro. Nos votos totais, Lula foi de 48% para 49%, enquanto Bolsonaro estacionou em 44%. Brancos e nulos somam 5%, e os indecisos são 2%.

Os números do instituto se assemelham aos da Quaest Consultoria, que também publicou novo levantamento nesta quarta, sob encomenda da Genial Investimentos. De acordo com a Quaest, Lula tem 53% dos votos válidos, e Bolsonaro 47%. Nos votos totais, o petista avançou de 47% para 48%. O atual presidente permaneceu com 42%.

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, um ponto de destaque nesse levantamento é o avanço do percentual de eleitores que afirmam não votar de jeito nenhum em Bolsonaro. “A rejeição ao presidente aumentou (passou de 46% para 49%), enquanto a rejeição de Lula ficou estável, nos 43%”, afirma.

A Quaest entrevistou 2 mil eleitores, também entre 23 e 25 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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