PT começa tratativa para Lula ter maioria na Câmara e no Senado

O foco atual é a montagem do novo governo Lula e a construção de uma maioria no Congresso Nacional

(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

A Federação PT, PCdoB e PV elegeu 81 deputados federais, a segunda maior força depois do PL que terá 99 parlamentares. Para conseguir maioria a favor do governo Lula, o PT começou a negociar com PSD, MDB e PDT, as três siglas possuem 101 cadeiras. Sendo assim, a base lulista teria que conquistar ainda mais apoio entre os 513 integrantes da Casa para formar maioria.  

Para isso, a Folha de S.Paulo avaliou que Lula terá de atrair siglas como o União Brasil (59), além de possíveis defecções no centrão de Bolsonaro, como Republicanos (41) e parlamentares avulsos de PL e PP.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), tem a tarefa de conversar com as lideranças das siglas. O foco atual é a montagem do novo governo Lula e a construção de uma maioria no Congresso.

A deputada vem negociando com o presidente do MDB, Baleia Rossi, e tem conversa avançada com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que já acenou favoravelmente para a sigla compor o bloco de sustentação ao futuro governo.

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No Senado, o cenário é ligeiramente melhor para Lula. “Ontem inaugurei diálogo com diferentes senadores. Estou muito otimista na formação da base que sustentará o governo do presidente Lula. Tenho a expectativa de que nós poderemos ter 60 ou mais senadores e 300 ou mais deputados na Câmara”, disse à Folha o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha de Lula.

Ele disse que conversará pessoalmente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador acredita que o núcleo ideológico ligado ao presidente derrotado, não teria capacidade para se tornar “majoritário” na oposição ao petista.

“O que é núcleo ideológico que pode vir a fazer oposição ao governo, na prática, não é grupo majoritário, não é maioria que foi formada, é um grupo minoritário. Eu me dedicarei [para que possamos] ter a maioria necessária. Estou otimista que a construção dessa maioria necessária é possível de ser realizada”, acrescentou.

Com informações da Folha de S.Paulo

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