Salário mínimo terá reajuste maior do que propõe o desgoverno Bolsonaro

O aumento é de aproximadamente 3% acima da inflação sobre o atual valor de R$ 1.212. O desgoverno Bolsonaro propôs 1,3% de ganho real

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), propôs no seu relatório para 2023 um salário mínimo de R$ 1.320. O reajuste é de aproximadamente 3% acima da inflação sobre o atual valor de R$ 1.212. O desgoverno Bolsonaro propôs 1,3% de ganho real.

“Pela primeira vez no governo Bolsonaro nós vamos ter um aumento real do salário mínimo, só que não vai se efetivar porque vamos aprovar o que Lula vai propor”, disse o parlamentar. Ele lembrou que será o primeiro aumento acima da inflação em quatro anos.

A proposta também prevê a recomposição do salário de servidores públicos federais. Castro diz que o parecer reserva recursos para a recomposição salarial dos trabalhadores do poder Executivo no mesmo patamar aprovado para os servidores do Judiciário.

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O aumento previsto para o ano que vem é de 9% em relação aos vencimentos atuais. O impacto nas contas, segundo Marcelo Castro, é de cerca de R$ 11 bilhões. O reajuste total aprovado é de 18%, a ser aplicado de forma escalonada nos próximos anos.

“9% é o que a Justiça e o MP vão dar. O servidor do executivo vai ter esse mesmo percentual”, disse ao justificar que os servidores estão sem recomposição há pelo menos seis anos.

Relator Marcelo Castro (Foto: Pedro Gontijo/Senado)

O relator que votar na quinta-feira (15) o seu relatório na Comissão Mista do Orçamento (CMO) e no mesmo dia no plenário do Congresso. Para isso, seria necessário que a Câmara dos Deputados aprovasse a PEC do Bolsa Família nesta quarta-feira (14).

“O ideal é que a Câmara aprove a PEC amanhã. Aprovar [o Orçamento] na quinta pela manhã [na CMO] e quinta à tarde no Congresso. Isso seria o melhor dos mundos, mas se isso não acontecer, ainda temos a próxima semana”, afirmou o relator.

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