Manifestações reforçam defesa da democracia e isolam bolsonarismo
Só em São Paulo, cerca de 60 mil pessoas se reuniram em frente ao Masp, na Avenida Paulista
Publicado 09/01/2023 23:11 | Editado 12/01/2023 11:40
Dezenas de milhares de brasileiros saíram às ruas nesta segunda-feira (9), em todas as regiões do País, numa série de protestos contra os atos terroristas e antidemocráticos promovidos no domingo (8) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Só em São Paulo, cerca de 60 mil pessoas se reuniram em frente ao Masp, na Avenida Paulista. De lá, os manifestantes saíram em passeata em direção à Praça Roosevelt, na região central.
“Essa agenda golpista foi derrotada nas urnas”, discursou Ronaldo Leite, secretário-geral da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Segundo o sindicalista, “não vai ser na marra – não vai ser com golpe – que eles vão ser vitoriosos. O povo que votou na agenda da democracia deve exigir punição a todos esses golpistas”.
Seja em São Paulo, seja em outras capitais, uma palavra de ordem prevaleceu: “Sem anistia e sem perdão / Queremos Bolsonaro na prisão”. Os protestos, chamados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ocorreram em cerca de 50 cidades brasileiras e demonstraram o isolamento do bolsonarismo. “Devemos pedir a prisão de Bolsonaro porque foi ele que estava mancomunado com as elites desse país para não permitir que a agenda que foi vitoriosa nas urnas seja sagrada vitoriosa e governe”, agregou Leite.
Em Brasília, o governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB-DF), também foi repudiado. Ao som de “Fora, Ibaneis”, a mobilização levou milhares de pessoas à frente do Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. O protesto teve grande simbolismo. Na véspera, Brasília foi justamente o palco da ofensiva terrorista e antidemocrática dos bolsonaristas, que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
No Rio de Janeiro, mesmo sob chuva, entidades promoveram o Ato em Defesa da Democracia em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia, na região central. Já em Belo Horizonte, houve caminhada da Praça Sete até a Praça da Estação. O ato em Porto Alegre, na Esquina Democrática, reuniu 20 mil.
Além das capitais e de outras cidades grandes do interior do Brasil, foram realizados protestos também em localidades estrangeiras, como Buenos Aires (Argentina), Nova York (EUA), Bruxelas (Bélgica), Paris (França), Roma (Itália) e Frankfurt (Alemanha).