Abin passa para a Casa Civil e deve acompanhar extremistas nas redes

Mudança tem como intenção desmilitarizar a área e fortalecer a contribuição para políticas públicas

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Lula transferiu a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para a Casa Civil. A mudança foi oficializada na quinta-feira (2) com a publicação no Diário Oficial da União (Decreto nº 11.426, de 1º de março de 2023).

Segundo o governo, a intenção é “dar maior dinamismo, eficácia e eficiência à atividade de Inteligência no Brasil”. A ideia é trazer uma visão civil para o setor, uma vez que a Agência foi militarizada nos governos anteriores.

Nesta sexta-feira (3), Lula indicou para ser diretor-geral da Abin o delegado federal aposentado e ex-diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. Ele ainda terá que passar em análise do Senado para assumir o cargo.

Como informa o blog do Octávio Guedes, no g1, a nova Abin terá como atribuição identificar e monitorar grupos extremistas nas redes sociais. A ideia é evitar que situações como a depredação do 8 de Janeiro voltem a ocorrer. Para isso, grupos de ódio e seus financiadores deverão ser acompanhados pela inteligência.

A mudança de atenção devolve à Abin os seus reais atributos de contribuição para o Brasil e auxílio na elaboração de políticas públicas. Sob Bolsonaro e general Heleno no comando do GSI, a agência ficou conhecida por proteger a família do ex-presidente e “bisbilhotar” adversários do governo, como indica o blog.

Ao contrário do que se pensa, a inteligência pode contribuir para identificar criminosos ambientais, apontar ameaças à agropecuária com foco no auxílio ao combate à miséria, além de auxiliar na identificação de gargalos de infraestrutura e logística.

*Com informações de agências

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