Lula empossa general Marcos Amaro como ministro do GSI
Órgão era chefiado interinamente por Ricardo Cappelli que fez uma faxina no Gabinete herdado com servidores da gestão Bolsonaro
Publicado 04/05/2023 12:43
Na manhã dessa quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou o general Marcos Amaro como novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. O decreto de nomeação foi assinado na quarta-feira (3) e publicado hoje no Diário Oficial da União.
Com a escolha o presidente afastou os rumores sobre extinção do órgão e manteve um militar no cargo. Amaro substitui o ex-ministro Gonçalves Dias, que se afastou em 19 de abril. A saída de GDias, como é conhecido, ocorreu devido à exposição de imagens internas do Palácio do Planalto durante a invasão dos vândalos bolsonaristas no dia 8 de Janeiro.
Até a nomeação de Amaro quem chefiou interinamente o GSI foi o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que atuou como interventor na segurança pública do Distrito Federal após os atos de vandalismo.
Como chefe interino, Cappelli promoveu uma limpa no órgão ao exonerar 87 servidores. A ‘faxina’ atingiu militares e civis para renovar o quadro de funcionários herdados da gestão Bolsonaro.
A atuação do secretário executivo da Justiça visou retirar possíveis servidores bolsonaristas infiltrados em um órgão estratégico, responsável, inclusive, pela segurança presidencial em eventos.
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Indicado pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, a posse de Amaro foi realizada em cerimônia reservada no Palácio do Planalto. A primeira missão será recompor os quadros vagos no GSI. No entanto, a volta da ABIN Agência Brasileira de Inteligência) para o órgão não deve ocorrer. A “inteligência nacional” foi transferida para a Casa Civil em decorrência do 8 de janeiro.
Quem é o general Amaro?
Marcos Antônio Amaro dos Santos tem 65 anos e é general da reserva do Exército. Serviu em diversos estados e já ocupou o posto de chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército, de Secretário-Executivo Adjunto no GSI, de secretário da segurança presidencial e de chefe da Casa Militar da Presidência – estes últimos cargos no governo Dilma. Ainda esteve à frente do Comando Militar do Sudeste e foi chefe do Estado-Maior do Exército.