Governo colombiano promove cúpula para contribuir com as eleições na Venezuela
Com o aval de Maduro e da oposição venezuelana, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou 20 países para debater eleições em 2024 e a retirada das sanções econômicas ao vizinho.
Publicado 25/04/2023 17:05 | Editado 25/04/2023 18:35
O presidente colombiano, Gustavo Petro, convocou chanceleres e diplomatas de 20 países para ajudar a encontrar uma solução pacífica para a crise política na Venezuela. A “cumbre” pretende contribuir com a reformulação do diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana nas eleições de 2024.
A reunião tem início nesta terça (25), sediada na chancelaria, em Bogotá. Participam países da américa latina, representados por Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Honduras, México e São Vicente e Granadinas. Estados Unidos, Canadá, África do Sul e Turquia também fazem parte da cúpula. Países europeus também confirmaram presença. Entre eles, Alemanha, Espanha, França, Itália, Noruega, Portugal e Reino Unido.
Nicolás Maduro manifestou apoio a iniciativa do seu homologo colombiano. “Expressei todo o apoio da Venezuela a esta cúpula para dinamizar e reviver a luta de nosso país pelo respeito à nossa soberania, respeito à nossa independência e o levantamento definitivo de todas as medidas coercitivas unilaterais sobre a Venezuela, com base no que sempre buscamos: diálogo político”.
O governo Petro também manteve contato com a oposição venezuelana. O presidente colombiano se reuniu com a Plataforma Unitaria, grupo que reúne os maiores partidos que se opõem a Maduro.
À imprensa, Gustavo Petro disse que a reunião servirá para “estabelecer um grande acordo que garanta as eleições, o levantamento das sanções e a normalidade da vida na Venezuela”.
Com a vitória eleitoral de Gustavo Petro, ambos países renovaram formalmente as relações diplomáticas em agosto do ano passado.
O papelão
O líder oposicionista da Venezuela, Juan Guaidó, foi enviado aos Estados Unidos pelo governo colombiano, depois de entrar irregularmente no país. Guaidó cruzou a fronteira sem passar pela imigração para participar daa conferência governo de Gustavo Petro. O venezuelano pousou em Miami, nesta terça (25).
Guaidó anunciou nas redes sociais que chegou em Bogotá na madrugada da segunda, para participar da cúpula. O chanceler da Colômbia, Álvaro Leyva, no entanto, confirmou que Juan Guaidó não foi convidado para participar da reunião.
Pelo Twitter, Gustavo Petro afirmou que “um setor político queria perturbar o livre desenvolvimento da conferência internacional sobre a Venezuela”.
O ministério das relações internacionais da Colômbia disse que não disponibilizou avião para o líder oposicionista e que apenas conduziu o político ao aeroporto. “A passagem já havia sido comprada por ele”, disse o ministério.