Justiça condena ex-ministro de Bolsonaro a indenizar Felipe Neto em R$ 50 mil

Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) fez postagens associando o trabalho do youtuber à pedofilia em 2020, insinuando que Neto fazia ‘livros pornográficos para crianças”

O ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio e o youtuber Felipe Neto | Foto: montagem

O ex-ministro do Turismo de Bolsonaro Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização para o influenciador Felipe Neto, em processo movido em 2020 por direito de imagem e dano moral.  Na ocasião, o parlamentar havia feito postagens associando o youtuber à prática de pedofilia e insinuando que ele fazia livros pornográficos para crianças. 

A juíza Alessandra Cristina Tufvesson, da 3ª Vara Cível do Rio, ainda determinou que Álvaro Antônio custeie as despesas processuais e os honorários sucumbenciais, fixados em 10% do valor da condenação.

“Julgo procedente o pedido condenando o réu a excluir de suas redes sociais os comentários sobre o livro e a realizar retratação nos moldes acima definidos, tudo sob pena de multa diária de R$ 500, limitada, inicialmente, em R$ 10 mil; e ao pagamento de compensação por danos morais no valor de R$ 50 mil, acrescida de correção monetária pelos índices da CGJ desde esta data e juros de mora de 1% ao mês a contar do evento danoso”, escreveu a magistrada na sentença.

A decisão foi comemorada por Felipe Neto nas redes sociais. “Mais um que tentou me associar com pedofilia, ganhou a chance de provar na Justiça e o resultado tá aí”, escreveu.

Outros processos

Felipe já obteve outras vitórias na justiça contra bolsonaristas. Em março desde ano, o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil a ele e seu irmão, Luccas Neto, também por relacionar o trabalho deles à pedofilia. O parlamentar publicou vídeo com montagem de trechos de gravações de Luccas e Felipe fora de contexto e assumindo conotação errônea.

Em novembro de 2022, a Justiça condenou a influencer Antônia Fontenelle a 1 ano, 1 mês, e 10 dias de pena de prestação de serviço comunitário, por sugerir que o youtuber Felipe Neto⁩ usava cocaína. Em setembro do mesmo ano, Fontenelle teve recurso negado em um processo que perdeu para o youtuber por também associá-lo à pedofilia.

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com informações de agências

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