Reajuste do mínimo impacta até 54 milhões de brasileiros, diz Dieese

Uma entre quatro pessoas é beneficiada com o aumento do salário mínimo. Na segunda (1), o governo do presidente Lula reajustou o piso para R$1.320. Quem tem carteira assinada é impactado diretamente.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O reajuste do salário mínimo impacta cerca de 54 milhões de brasileiros, revela estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O levantamento foi feito baseado nos dados de 2021 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Na segunda (1), o governo Lula aumentou o salário mínimo para R$1.320. Em janeiro, o piso ajustado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tinha era de R$1.212. Um aumento real de 2,8%, descontada a inflação.

De acordo com o Dieese, com o reajuste, 25,4% da população será beneficiada diretamente ou indiretamente.

Quem tem carteira assinada é impactado diretamente. São trabalhadores como empregadas domésticas, servidores públicos, aposentados, pensionistas e os que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), assistência dada pelo governo a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Na conta do órgão, cerca de 22,731 milhões de pessoas.

“Os grupos diretamente impactados pelo salário mínimo são os empregados do setor privado e público com carteira assinada (inclusive os trabalhadores domésticos); os servidores públicos estatutários; e as pessoas que recebem aposentadoria, pensão ou BPC, com valor igual ou inferior ao salário mínimo”, diz o estudo.

Indiretamente, são 31,3 milhões de pessoas que têm alguém na família que ganha o mínimo. “Os grupos indiretamente impactados são constituídos por indivíduos que residem em domicílios onde existe, pelo menos, uma pessoa diretamente impactada”, apontou o Dieese.

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