Há 1 ano sem Bruno e Dom, Lula destaca a luta deles em defesa da Amazônia

Durante a homenagem, Lula criticou a política de destruição ambiental operada no governo Bolsonaro

Bruno Ferreira e Dom Phillips na região (Foto: Arquivo pessoal)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou, nesta semana, o Dia Mundial do Meio Ambiente para homenagear o indigenista Bruno Pereira e ao jornalista inglês Dom Philips, mortos após emboscada na região do Vale do Javari, no Amazonas, há um ano.

“Quero agora prestar uma homenagem a Dom Phillips e Bruno Pereira, e em nome deles homenagear a todas e todos aqueles que perderam suas vidas na luta em defesa do meio ambiente”, disse o presidente.

Durante a homenagem, Lula criticou a política de destruição ambiental operada no governo Bolsonaro.

“Bruno e Dom mereciam e deveriam estar aqui hoje, neste momento em que eles teriam o governo brasileiro como aliado e não como inimigo, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos. A melhor maneira de honrá-los é garantir que sua luta não tenha sido em vão”, discursou o presidente.

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Lula lembrou da comoção nacional e internacional sobre o episódio. “Há um ano, o assassinato brutal de que foram vítimas chocou o mundo, que passou a ver a Amazônia como uma terra sem lei e à beira da destruição, com enorme ameaça ao enfrentamento da emergência climática”, afirmou.

Protagonismo

Contudo, disse o presidente, o mundo voltou a olhar o Brasil com esperança. “O Brasil retomou o protagonismo no enfrentamento das mudanças climáticas, depois de quatro anos em que o meio ambiente foi tratado como obstáculo ao lucro imediato de uma minoria privilegiada”, assegurou.

Ele também cobrou iniciativas de outras nações. “Mas é preciso que os países ricos também façam a sua parte. Foram eles que ao longo dos séculos mais devastaram florestas. E são eles que hoje mais emitem gases de efeito estufa”, lembrou.

“Nossa responsabilidade é imensa, menor apenas do que nossa capacidade de enfrentar e vencer desafios. Tenho uma fé inabalável no povo brasileiro”, diz.

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