Em seis meses, mercado muda a percepção sobre a política econômica do governo
Enquanto o FMI elevou a previsão de crescimento do PIB para 2,1%, em 2023, a agência Fitch, de classificação de risco, aumentou a nota de crédito do país para BB
Publicado 26/07/2023 15:36 | Editado 26/07/2023 15:54

Em seis meses, o governo federal mudou a percepção do mercado quanto a política econômica. Nesta terça, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento para 2,1%, em 2023, enquanto a agência Fitch aumentou a nota de crédito do Brasil para BB.
Em abril, o FMI projetava o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro em 0,9%. Nesta terça, o Panorama Econômico Mundial atualizou o índice, aumentando a expectativa em 1,2%. Segundo o órgão, a melhora da previsão foi atribuída à forte produção agrícola no primeiro semestre.
Já agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito para BB, cuja perspectiva é considerada estável. O país havia sido rebaixado para o patamar BB- em 2018, no governo do golpista Michel Temer.
“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, diz o comunicado da Fitch.
A nova classificação sugere que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo. Recentemente, o marco fiscal foi aprovado pelo Congresso e a reforma tributária passou pela Câmara e segue para o Senado. As recentes demonstrações dos órgãos do mercado contrastam com o sentimento que a Faria Lima nutria a respeito das políticas do governo Lula. O próprio ex-ministro da Fazenda, ministro Paulo Guedes, em entrevista para um canal do YouTube, em 2021, previu que o país poderia virar uma Argentina em seis meses e uma Venezuela, um ano e meio “se o [Brasil tomar as decisões erradas.