Lula promete legado para povo amazônico depois da COP30

Presidente vem defendendo que o mundo precisa olhar para os povos amazônicos pensando em desenvolver a região para afastar mão de obra das atividades ilegais

Imagem: TV Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta (3), que os investimentos para a COP 30 vão ficar como legado para o povo dos estados amazônicos. A declaração foi dada em entrevista as emissoras de rádio da Amazônia.

Em maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou Belém (PA) como sede da COP-30, em 2025. A conferência do clima discute as mudanças climáticas no mundo e trata de alternativas para mitigar o efeito estufa.

Lula vem defendendo que o mundo precisa olhar para os povos amazônicos pensando em desenvolver a região. Desta forma, isso afastaria mão de obra para as atividades ilegais, como desmatamento, garimpo ilegal e o narcotráfico.

“A organização do Tratado dos Países Amazônicos tem 40 anos, mas nunca os oito presidentes haviam se encontrado para pensar o desenvolvimento regional. Nós queremos uma ação conjunta não só com os países, mas com os prefeitos e governadores para combater o desmatamento, o garimpo ilegal e o crime organizado”, disse Lula as emissoras.

A região Norte do Brasil vem recebendo atenção especial do governo federal. Na semana que vem, no Pará, ocorrerá o “Diálogos Amazônicos”, evento organizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, que antecede a “Cúpula da Amazônia”, que reúne chefes de Estado de países da América do Sul.

Nesta quarta (2), Lula também lançou o programa Povos da Pesca Artesanal e assinou decreto retomando o Conselho Nacional da Aquicultura e Pesca (Conape), órgão consultivo do Ministério da Pesca e Aquicultura. Cerca de 1 milhão de pescadores artesanais deverão ser beneficiados pelo programa.

O objetivo é criar políticas públicas para garantir segurança alimentar, trabalho e renda para os pescadores. A ideia é beneficiar pescadores em todas as regiões do país, com maior concentração nos estados do Norte e Nordeste.

Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, do total de pescadores artesanais no país, 460 mil estão no Nordeste e 370 mil no Norte, incluindo indígenas, mulheres negras, comunidades caiçaras, marisqueiras, jangadeiros, vazanteiros, ribeirinhos, extrativistas, pescadores quilombolas.

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