Copom se reúne para definir taxa básica de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decide nesta quarta (2) a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o que coloca o Brasil como o país com a maior taxa de juros real do mundo.

A expectativa é que o BC reduza a taxa em 0,25% e 0,5%, dando fim ao ciclo contracionista da Selic e impulsionando a economia brasileira. O Ministério da Fazenda espera um corte de 0,5 ponto.

A queda da inflação em junho para 3,16%, no acumulado dos últimos 12 meses, elevou o juro real para 10,17%. O índice brasileiro fica bem acima dos 5,94% ao ano do México, o segundo colocado no ranking mundial.

A Selic é usada pela autoridade monetária para controlar a inflação do país. Se os preços estão descontrolados, o BC aumenta a taxa básica dos juros para desacelerar a economia e conseguir controlar a inflação. O contrário também é válido, ou seja, quando a economia está desacelerando o Copom reduz o índice para abaixar o custo do crédito, possibilitando investimentos públicos e privados.

Na última sexta, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que “os ventos estão favoráveis” e que a política monetária precisa se alinhar com a política fiscal. “Apesar do índice de desemprego estar abaixo da média dos últimos anos para o mês, a economia está sofrendo um processo de desaceleração por conta do juro real na casa de 10%, o que é quase o dobro do país que mais cobra juros depois do Brasil. Os ventos estão favoráveis. O mundo está olhando para o Brasil com outros olhos e outra percepção. E está mais do que na hora de nós alinharmos a política fiscal e monetária para o Brasil voltar a sonhar com dias melhores”, disse em entrevista coletiva.

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