Intelectuais, artistas e lideranças apoiam ComunicaSul no Equador

Comunicadores acompanharão eleições presidenciais em agosto, confrontando a manipulação e a desinformação praticadas pela mídia colonizada e avessa à integração latino-americana

Na foto: Paulo Cannabrava Filho, Katya Teixeira, Silvio Tendler, Luiz Carlos Bahia, Márcia Campos, Nilson Araújo de Souza, Gilberto Maringoni, Nivaldo Santana, Samira de Castro e Sinésio Campos.

A Agência ComunicaSul de Comunicação Colaborativa parte para o Equador nos primeiros dias de agosto para acompanhar as eleições presidenciais que ocorrem no domingo (20) confrontando o projeto nacional e popular da oposição com o neocolonial, submisso ao sistema financeiro e às transnacionais, abraçado pela mídia venal.

Para tornar possível a cobertura jornalística em um país dolarizado, o coletivo tem se empenhado na mobilização para a coleta de recursos. Produtor e diretor de mais de 70 filmes, autor de premiadíssimos longas-metragens como Jango e Os Anos JK, o cineasta e documentarista Silvio Tendler é um dos nomes de peso da campanha de arrecadação. “Acompanho há muito tempo o trabalho do ComunicaSul, que adoro e respeito. Quem puder apoiar não terá seu tempo perdido, pois trabalham sério e merecem o nosso carinho e o nosso estímulo”, reforçou.

Veterano combatente da causa internacionalista desde os tempos dos “Cadernos do Terceiro Mundo”, o jornalista e escritor Paulo Cannabrava Filho é um grande impulsionador da iniciativa. Na compreensão de Cannabrava, “a ComunicaSul reúne juventude e experiência, somando mídias alternativas para confrontar as mentiras do neoliberalismo, do terrorismo de Estado e do fascismo”. Sendo assim, garante, “nas eleições do Equador será um poderoso instrumento para nos trazer informações e aproximar as realidades dos nossos países e povos, a fim de consolidar a construção do desenvolvimento, da democracia e da soberania”,

O jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, afirmou que “o coletivo ComunicaSul é uma das mais belas experiências de jornalismo independente, colaborativo e comprometido com a integração latino-americana e a luta dos povos do nosso continente”. Para Miro, “é uma imprensa que precisa ser valorizada e apoiada, pois faz um contraponto à mídia hegemônica brasileira, que tem um complexo de vira-lata, uma visão colonizada diante do império, que mais parece uma sucursal rastaquera do Departamento de Estado dos EUA”.

“Trabalho coletivo de mais de uma década”

A ex-presidenta da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fdim), Márcia Campos, atestou que “o trabalho desenvolvido pela Agência ComunicaSul é de profissionais profundamente comprometidos em fazer ecoar a verdade e a justiça”. “É um coletivo de comunicadores que há mais de uma década se dedica à integração e batalha para retirar a mordaça colocada pelos que fazem da informação um negócio. No Equador, mais uma vez fará a diferença”, destacou.

“Apoiamos os profissionais da ComunicaSul pelo importante trabalho alternativo que têm desenvolvido, com uma comunicação avançada”, declarou o ex-deputado Nivaldo Santana, secretário de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). “O próximo empreendimento do coletivo será acompanhar as eleições presidenciais no Equador, que são estratégicas para fortalecer a onda progressista que tem inundado o continente”, esclareceu Nivaldo, demarcando a relevância da participação das entidades.

A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, disse que “contribuir com a presença in loco da ComunicaSul, que faz uma cobertura verdadeiramente independente e livre do pensamento único que domina a mídia tradicional brasileira, é trazer a informação de interesse público e com viés da interligação da América Latina”.

Segundo o jornalista e cartunista Gilberto Maringoni, professor da Universidade Federal do ABC, “o Equador é uma disputa estratégica, onde estão em jogo um projeto de direita e um de centro-esquerda, que terão um peso grande na conformação não só do continente, como no desenvolvimento do país”. “Daí a importância desta cobertura, pois os profissionais da ComunicaSul são livres das amarras da imprensa tradicional”, asseverou.

“Um coletivo maravilhoso que faz uma cobertura sem filtros”

Em depoimento gravado, que circula pelas redes, a cantora e compositora Kátia Teixeira faz um convite “para que todos conheçam e contribuam com este coletivo maravilhoso, que realiza uma cobertura sem filtros, comprometida com a verdade”. “Compartilhando o conteúdo que a ComunicaSul vem produzindo ao longo desses anos, vamos furando a bolha, fazendo chegar o que realmente está se passando nas veias abertas da nossa América Latina”, enfatizou.

O deputado estadual Sinésio da Silva Campos, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Amazonas recordou que “os presidentes Lula e Rafael Correa deram a largada no projeto bioceânico Manta-Manaus, que liga o Pacífico ao Atlântico, e contraria os interesses dos Estados Unidos, que quer a manutenção da nossa dependência via Canal do Panamá”. “Como tanto lá como aqui grupos econômicos teimam em conquistar vitórias eleitorais com a divulgação massiva de mentiras, necessitamos investir em meios de comunicação independentes e de qualidade como a ComunicaSul para democratizar informações ocultas por interesses contrários ao desenvolvimento dos nossos países e povos”, defendeu, já que “a vitória do projeto integracionista é a derrota do Tio Sam”.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Thiago Tanji elogiou o “trabalho primoroso que o pessoal do ComunicaSul realizou nos últimos tempos no Chile, na Colômbia e em vários países do continente” e fez um “convite especial para que todos colaborem com quem faz um serviço essencial para a livre circulação de informações”.

De acordo com o médico Werner Rempel, vereador do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Santa Maria, “contribuir com a ComunicaSul é investir no fortalecimento da democratização da comunicação, numa informação de qualidade, sem meias verdades, capitulações nem manipulações”. “Na cobertura das eleições do Equador mais uma vez fará a diferença ao ecoar no Brasil a voz de lideranças políticas e dos movimentos sociais que defendem a democracia e a integração latino-americana, contra os interesses do sistema financeiro e das transnacionais”, apontou.

“A Agência ComunicaSul é vitoriosa, bela experiência coletiva de mais de uma década em que meios de comunicação se somaram para fazer a diferença”, assinalou o economista Nilson Araújo de Souza presidente do Sindicato dos Escritores do Estado de São Paulo. Na sua avaliação, “no Equador será uma força para divulgar informação com dados e riqueza de conteúdo, em contraposição às fake news e ao silêncio da mídia venal”.

Na compreensão do jornalista João Franzin, da Agência Sindical, “mais do que nunca, para a afirmação de projetos de desenvolvimento nacional e consolidação de direitos, é essencial investir numa rede de comunicação que expresse a visão dos trabalhadores, contrária à cobertura feita pela grande mídia”.

Homenagem a Jaime Roldós

Na oportunidade, a ComunicaSul homenageará o ex-presidente equatoriano Jaime Roldós Aguilera. Líder da Concentração das Forças Populares (CFP) e fundador do Partido Povo, Mudança e Democracia, Roldós foi assassinado aos 40 anos pela CIA (Agência Central de Inteligência) em um “acidente” aéreo no dia 24 de maio de 1981. Naquele “Ano do Avanço”, o líder vinha colocando em prática o seu Plano Nacional de Desenvolvimento para romper com as amarras do atraso e da dependência.

Para o ator, compositor e poeta Luiz Carlos Bahia, “com a presença da Agência ComunicaSul no Equador, Jaime Roldós vive, pois segue vivendo quem luta pelo respeito e pela dignidade de ideias”. “Uma ideia ninguém mata!”, enfatizou.

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Fonte: ComunicaSul
Edição: Bárbara Luz

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