Investimentos do novo PAC podem chegar a R$ 1 trilhão em quatro anos

Valor engloba recursos públicos, de empresas estatais, gastos privados ligados ao programa e parcerias público-privadas. PAC será lançado na sexta (11), no Rio de Janeiro

Ministros se reúnem com parlamentares para apresentar Novo PAC. Foto: Henrique Raynal/CC

Com lançamento marcado para a próxima sexta-feira (11) no Rio de Janeiro, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá investimentos que poderão chegar a R$ 1 trilhão em quatro anos, segundo informações do Palácio do Planalto. O montante considera valores advindos de recursos públicos, de empresas estatais — boa parte da Petrobras —, gastos privados ligados ao programa e parcerias público-privadas. 

Segundo informado pelo governo, o slogan do novo PAC será “Desenvolvimento e Sustentabilidade” e, após o lançamento oficial, o governo pretende anunciar, em cada estado, o conjunto de obras que fará localmente. Também foi apontada a possibilidade de que parte dos recursos venha de emendas parlamentares impositivas.

As informações foram passadas durante reuniões entre os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil,  com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários ocorridas nesta terça-feira (8). Na ocasião, o governo apresentou as linhas gerais do PAC. 

“O programa de investimentos para o Brasil vem focado em transporte eficiente e sustentável; inclusão digital e conectividade; além de transição e segurança energética; e vai gerar emprego e renda para acelerar a economia do nosso país”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, pelas redes sociais, após as reuniões.

No que diz respeito aos investimentos públicos federais, deverão ser alocados R$ 240 bilhões em quatro anos em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos. Outras áreas como defesa, educação, ciência e tecnologia também devem estar incluídas no novo programa. 

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“Vai ser um grande programa de investimento e, combinado com a política de inclusão que já colocamos em prática, acho que vamos voltar a surpreender os analistas econômicos do FMI [Fundo Monetário Internacional], que vão se enganar todas as vezes que nivelaram por baixo as perspectivas de crescimento econômico do Brasil”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa com correspondentes estrangeiros há poucos dias. 

Um dos focos centrais do novo PAC é retomar obras que ficaram paradas nos últimos anos, como forma de impulsionar o desenvolvimento social e a economia, além de dar conta de empreendimentos necessários à população. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), no final de 2022, o país tinha mais de 8,6 mil obras paralisadas, o que representa cerca de 38,5% dos contratos pagos com recursos da União. O governo tem dito que, ao todo, são cerca de 14 mil obras paralisadas. 

Também tem sido enfatizado, pelo governo, o objetivo de haver projetos voltados para a geração de energia limpa. “Vamos anunciar muitos investimentos na questão energética, na energia eólica, solar, biodiesel, etanol, hidrogênio verde, e tudo isso vamos fazer na perspectiva de produzir energia mais barata para o povo brasileiro”, apontou Lula. 

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O PAC prevê uma transição ecológica, com incentivos ao uso de combustíveis de baixa emissão de carbono, o uso de materiais sustentáveis no setor de construção civil, incentivo para a gestão de resíduos e logística sustentável. 

A cerimônia de lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a presença do presidente Lula, está marcada para a próxima sexta-feira (11), às 10h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Com agências