Movimentos sociais se unem ao MST em “visita da CPI” a Goiás

A área ocupada pelo MST-GO integra o patrimônio da União desde 2016 e foi desapropriada pelo Governo Federal em um movimento de desarticulação de um grupo criminoso, condenado, em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

Ontem, dia (14/08) os trabalhadores do campo e da cidade em Goiás foram protagonistas de uma importante demonstração de força e de unidade em defesa do acampamento “Dona Neura”, na cidade de Hidrolândia.

A área ocupada pelo MST-GO integra o patrimônio da União desde 2016 e foi desapropriada pelo Governo Federal em um movimento de desarticulação de um grupo criminoso, condenado, em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

Ainda no contexto de perseguição aos movimentos de luta no campo protagonizado pela instauração de uma CPI sobre o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), em que se destacaram diligencias brasil a fora com intuíto de cavar pautas que deslegitimem a luta do povo do campo por reforma agrária, o acampamento Dona Neura recebeu a solidariedade em luta de diversas organizações da classe trabalhadora, do campo e da cidade.

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“A unidade das organizações sindicais, sociais e populares do campo e da cidade operaram importante resistência e enfrentamento a tentativas de pirotecnias dos membros da CPI do MST em Goiás”, indicou João Pires, dirigente da CTB em Goiás.

Os militantes destacaram também o abuso cometido por Magda Mofatto (PL-GO), que impediu, de maneira arbitrária, a deputada Federal Adriana Accorsi (PT-GO) – integrante da CPI do MST – em participar da reunião do Colegiado em Hidrolândia (GO), tendo acesso ao espaço só nos momentos finais da reunião.

O dirigente sindical também salientou sobre o comportamento oportunista e sorrateiro de Ricardo Salles (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). “Depois foram à mais nova ocupação do MST no Estado, ocupação Dona Neura, na fazenda São Lukas. A Fazenda está desapropriada pela União após condenação dos antigos proprietários por tráfico de pessoas e cárcere privado de mulheres para prostituição […] Eles fotografaram carros, instrumentos de trabalho e pessoas. Na ocupação só ouviram o funcionário que o prefeito colocou na casa para ameaçar as pessoas com armas e impedir que tivessem acesso a água do local.”

Além da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás somaram esforços junto ao MST p PCdoB e a União da Juventude Socialista (UJS-GO) e diversas organizações da classe trabalhadora. Os movimentos sociais se somam à luta pela reforma agrária e ao assentamento das mais de 600 Famílias que dão função social à antiga Fazenda São Lukas.