Arthur Lira diz que arcabouço fiscal pode ser votado na próxima semana

O presidente da Câmara vai reunir na segunda-feira (21) com o relator, líderes de partidos e técnicos do Ministério da Fazenda para definir a pauta

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o projeto de arcabouço fiscal pode ser votado na terça-feira (22). Na segunda-feira (21), Lira vai se reunir com o relator do arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), com líderes partidários e com técnicos do Ministério da Fazenda. A reunião está marcada para as 19 horas, na residência oficial da Presidência da Câmara.

A votação estava prevista para esta semana, mas segundo Lira, não houve clima em razão das declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou em entrevista que a Câmara concentra muito poder. “Ficamos surpresos, como disse foi inapropriado”, declarou Lira.

“A Câmara dos Deputados tem dado sucessivas demonstrações de que é parceira do Brasil, independente do governo de ocasião. Todos os projetos de interesse do país são discutidos e votados com toda seriedade e celeridade”, completou.

Haddad se antecipou e disse que ligou para Lira a fim de esclarecer a situação. “As minhas declarações foram tomadas como crítica à atual legislatura. Na verdade, eu estava fazendo uma declaração sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão. […] Eu defendi, durante a entrevista, que essa relação fosse mais harmônica e que pudesse produzir os melhores resultados”, afirmou à imprensa.

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Analista consideram que a indefinição sobre quais ministérios serão ocupados pelos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que já têm o aval de Lula, contribui pelo atraso da votação naquela Casa.

O relator Cajado diz que na reunião serão tiradas dúvidas com os técnicos quanto às alterações, “exauri-las e equacionar o texto que ele vai apresentar”. “A partir daí, os líderes vão definir a pauta do plenário”, disse.

O texto já havia sido aprovado na Câmara, mas como sofreu alterações no Senado, retornou para os deputados.

No Senado, foram retirados dos limites de gastos do arcabouço o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).

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