Setor de serviços no Brasil bate recorde de emprego em 2021, diz IBGE

População ocupada no setor de serviços cresceu 7,8% chegando a 13,4 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2007

Setor de serviços | Foto: Luis Blanco/GovernoSP/Divulgação

No cenário econômico brasileiro, o setor de serviços emergiu como um protagonista em 2021, refletindo a recuperação dos indicadores macroeconômicos do país. Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, a ocupação no setor de serviços cresceu 7,8% (ou mais 970,5 mil pessoas) em 2021, chegando a 13,4 milhões, recorde da série histórica.

Segundo o levantamento, existem 1,5 milhão de empresas ativas, com crescimento de 9,2% na comparação com 2020. Essas empresas desembolsaram R$ 432,3 bilhões remunerações, gerando uma receita operacional que ultrapassou a marca líquida de R$ 2,2 trilhões.

A PAS, que analisa sete segmentos com 34 atividades em nível nacional, além de 13 atividades em nível regional, revelou que três setores concentram 74,7% das empresas: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, foi o que mais aumentou a representatividade no setor (29,3%), seguido por Serviços profissionais, administrativos e complementares (27,5%) e Serviços de informação e comunicação (21,0%). Os três segmentos somam mais de 75,0% da receita operacional líquida.

Crescimento expressivo na ocupação

Entre 2020 e 2021, o setor de serviços teve um aumento notável na ocupação, com um crescimento de 7,8%. Isso se traduziu em um acréscimo de 574,3 mil vagas de emprego, sendo que Serviços profissionais, administrativos e complementares acompanharam o caminho, com um crescimento de 10,8%. O setor de Serviços de informação e comunicação também teve um crescimento impressionante de 13,4%.

Synthia Santana, gerente de Análise Estrutural do IBGE, ressaltou que, após os impactos imediatos da pandemia, o setor de serviços conseguiu recuperar os níveis de ocupação de 2019, com exceção dos segmentos de serviços prestados principalmente às famílias, que teve uma redução de 8,5% devido à diminuição na atividade de serviços de alimentação.

Redução na concentração e desafios salariais

A pesquisa também apontou para uma redução na concentração de receita nas oito empresas maiores do setor de serviços, caindo de 10,2% para 7,4% em 10 anos. Isso foi especialmente evidente nos segmentos de Serviços de informação e comunicação e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.

Entretanto, o estudo mostrou uma queda no salário médio mensal de 2,3 níveis mínimos em 2012 para 2,2 níveis mínimos em 2021. O setor de Serviços de informação e comunicação apresenta com a maiores salários, seguido por Outras atividades de serviços e Transportes , serviços auxiliares aos transportes e correios.

A Região Sudeste do Brasil, apesar de perder participação ao longo de 10 anos, ainda mantém a liderança do setor de serviços, contribuindo com 65,1% da receita bruta total. As Regiões Sul e Centro-Oeste foram as que mais cresceram em termos de participação.

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com informações do IBGE

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