Preço dos alimentos tem quarta queda consecutiva, diz IBGE

Inflação em setembro teve leve aceleração, devido ao preço da gasolina. Alimentação para consumo no domicílio, porém, acumula queda de 4,01% nos últimos quatro meses

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar da inflação em setembro ter ficado acima do mês anterior (0,23%), os alimentos e bebidas tiveram a quarta queda consecutiva no preço (0,71%). Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta (11).

Considerando setembro deste ano, no acumulado dos últimos 12 meses o IPCA acelerou para 5,19%, ante 4,61% até agosto.

O resultado do IPCA em 12 meses ficou acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3,25% para 2023, mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

O resultado se deve a alta do preço da gasolina que, em setembro, subiu 2,8%, impactando o resultado do mês em 0,14% (o maior impacto dentro dos grupos observados pelo instituto).

O grupo Alimentação e Bebidas, no entanto, registrou a quarta queda seguida: -0,71%, com impacto de -0,15 ponto percentual. Isso se deve, principalmente à redução de 1,02% nos preços da alimentação no domicílio. Destaque para batata inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já arroz (3,20%) e tomate (2,89%) subiram em setembro.

Por sua vez, a alimentação fora do domicílio subiu menos (0,12%, ante 0,22% no mês anterior). Tanto as altas da refeição como do lanche foram menos intensas: 0,13% e 0,09%, respectivamente.

A redução dos preços dos alimentos no país foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles praticamente não subiram em 2023. Em sete meses, acumulam alta de 0,55%. Já a inflação geral é de 2,99% no período.

O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma redução de 2,65% nos últimos quatro meses: o custo da alimentação para consumo no domicílio acumulou queda de 4,01% entre junho e setembro.

Autor