Brasileiros retidos em Gaza chegam ao Egito após um mês de espera

Os 32 cidadãos brasileiros aguardando repatriação em Gaza finalmente conseguiram cruzar a fronteira com o Egito, pelo Portal de Rafah. O grupo fez a passagem pelo portal no início da manhã deste domingo (12), informou o Itamaraty.

“A travessia coroa um mês de intensos esforços diplomáticos do presidente Lula e sua equipe de governo para que a evacuação dos brasileiros e familiares de Gaza pudesse ser concretizada hoje”, informou o Itamaray.

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Os brasileiros foram acolhidos por representantes da embaixada brasileira no Cairo, marcando o encerramento de uma angustiante espera por repatriação. O processo de passagem pelas fronteiras de Gaza e do Egito foi concluído, proporcionando alívio aos envolvidos.

Do total inicial de 34 nomes, duas pessoas, uma mulher de 50 anos e sua filha de 12, optaram por permanecer em Gaza, alegando “motivos pessoais”, segundo Alessandro Candeas, embaixador brasileiro na Palestina.

Hasan Rabee, um dos repatriados, compartilhou um vídeo momentos antes da saída, expressando alívio e esperança. Rabee e sua família enfrentaram momentos de terror durante uma série de ataques aéreos realizados por Israel em outubro, na Faixa de Gaza.

A embaixada brasileira revelou a existência de uma segunda lista com mais de 50 brasileiros a serem resgatados, mas sem um prazo definido para essa operação.

Próximos passos

Segundo Paulino Carvalho Neto, embaixador do Brasil no Egito, os próximos passos incluem o pernoite no Egito para descanso e alimentação. A rota para o retorno ao Brasil pode envolver uma escala em Cairo, para reabastecimento, ou a possibilidade de um trajeto direto por ônibus até a capital, onde passarão a noite e, possivelmente, embarcarão num voo na segunda-feira (13).

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O avião presidencial aguarda o grupo no Aeroporto do Cairo e tem autorização para decolar em direção ao Aeroporto de El Arish, com a presença de uma médica oficial da Aeronáutica para acompanhar as famílias no voo de volta ao Brasil.

No território brasileiro, o governo federal já tem uma operação de acolhimento planejada, oferecendo abrigo, documentação, alimentação, apoio psicológico, cuidados médicos e imunização. Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que alguns repatriados têm familiares no Brasil, enquanto outros serão receberão “acolhimento digno, humanitário”, em meio ao “momento tão difícil que estão passando”.

Durante o período em Gaza, os brasileiros receberam apoio diário da diplomacia brasileira, garantindo recursos essenciais e estabelecendo condições seguras para eles.

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com agências