Consumo nos lares brasileiros aumenta 2,89% em outubro

O consumo nos lares brasileiros cresce em outubro impulsionado por inaugurações de lojas, impactando preços de itens essenciais

Valter Campanato/AgBr

O consumo nos lares brasileiros apresentou uma alta significativa de 2,89% em outubro de 2023, em comparação com setembro, marcando um crescimento expressivo após dois meses consecutivos na casa de 0,80%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 0,61%. No acumulado do ano, a alta é de 2,64%. 

O levantamento, feito pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), abrange todos os formatos e canais recomendados pelos supermercados, com indicadores deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.

Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, destaca que “além do efeito calendário, a expressiva alta do consumo em outubro é atribuída à inauguração de lojas, às atividades promocionais que tradicionalmente se intensificam no segundo semestre combinados com renda mais estável e a menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares”.

De janeiro a novembro, foram inauguradas 573 lojas, das quais 306 são novas e 267 reinauguradas. Os principais formatos de lojas são os supermercados (185) e os atacarejos (121).

Segundo a Abras, o aumento no consumo reflete-se nos preços dos produtos essenciais. A cesta AbrasMercado, que interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas, apresentou uma variação de 0,10% em outubro. Itens como batata (+11,23%), cebola (+8,46%), arroz (+2,99%), carne bovina – corte traseiro (+1,94%), açúcar orgânico (+1,88% ), tomate (+0,97%), extrato de tomate (+0,83%), pernil (+0,57%) e frango congelado (+0,54%) lideraram as altas no período.

Apesar dessa alta pontual, os preços tiveram quedas expressivas ao longo do ano, destacando-se a redução significativa nos preços do óleo de soja (-30,94%), feijão (-23,12%), cortes bovinos do dianteiro (- 12,61%) e do traseiro (-12,44%), frango congelado (-9,55%) e leite longa vida (-6,10%). Os preços caíram de R$ 754,98 em janeiro para R$ 705,93 em outubro – uma variação de -6,43%, equivalente a cerca de R$ 50,00.

A maior retração em outubro foi registrada na cesta de lácteos: leite longa vida (-5,48%), queijos muçarela e prato (-1,14%), leite em pó (-0,87%) e margarina cremosa (- 0,60%).

Na cesta de produtos básicos, as principais quedas vieram do feijão (-4,67%), do óleo de soja (-1,77%), do café torrado e moído (-1,23%), da farinha de mandioca (-1,23%). -0,65%) e farinha de trigo (-0,56%).

Dentre as proteínas que mantiveram a tendência de queda nos preços estão: ovos (-2,85%) e carne bovina – corte do dianteiro (-0,30%). Já as altas foram registradas na carne bovina – corte do traseiro (+1,94%), pernil (+0,57%) e frango congelado (+0,54%).

Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas no sabonete (-0,78%) e xampu (-0,08%), enquanto as altas foram no papel higiênico (+0,99%) e no creme dental ( +0,22%).

Na limpeza, houve resultados em sabão em pó (-1,03%), detergente líquido para louça (-0,42%) e água sanitária (-0,04%).

Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Sul (-1,07%). Nordeste (-0,17%), Norte (-0,09%), Sudeste (+0,45%) e Centro-Oeste (+0,27%).

No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos, houve variação de -1,01% em outubro ante setembro e o preço, na média nacional, caiu de R$ 299,10 para R$ 296,10.

As principais quedas vieram do leite longa vida (-5,48%), feijão (-4,67%), óleo de soja (-1,77%), café torrado e moído (-1,23%), massa sêmola de espaguete (-1,12%), margarina cremosa (-0,60%), farinha de trigo (-0,56%) e farinha de mandioca (-0,65%). As altas foram registradas no arroz (+2,99%) e no açúcar orgânico (+1,88%). No acumulado do ano, as altas mais expressivas foram do arroz (+13,58%) e açúcar orgânico (+7,58%).

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com informações da Abras

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