Preço de alimentos e bebidas cai pelo 5º mês seguido, segundo IPCA-15

De acordo com o IBGE, desde 2017 não havia uma sequência tão grande de taxas negativas nessa categoria. Na comparação com setembro, IPCA-15 teve um recuo de 0,14 p.p.

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

Os preços de alimentos e bebidas tiveram queda média pelo quinto mês consecutivo. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), aferido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução foi de -0,31% e 0,07 ponto percentual. 

De acordo com o órgão, desde 2017 não havia uma sequência tão grande de taxas negativas nos preços dos produtos alimentícios. Nesse grupo, o recuo foi de 2,64% entre junho e outubro e de 0,54% em uma no. 

Nessa categoria, o subgrupo de alimentação a domicílio registrou a maior queda, -0,52%, desacelerando em relação a setembro (-1,25%). E, dentro desse grupo, os destaques ficaram para alguns dos alimentos que figuram entre os mais elementares para a alimentação dos brasileiros. O leite longa vida teve uma redução de -6,44%, o feijão-carioca caiu -5,31%, enquanto o ovo de galinha diminuiu -5,04% e as carnes, -0,44%. Por outro lado, arroz e frutas tiveram, respectivamente, aumento de 3,41% e 0,71%. 

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Da mesma forma, o subgrupo da alimentação feita fora de casa desacelerou 0,21% em relação ao mês anterior, quando marcou 0,46%.  A alta darefeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês passado (0,35%) e o lanche (-0,11%) registrou queda de preços, após alta de 0,74% em setembro. Comunicação também teve queda de 0,29%. 

Na comparação com a taxa apurada em setembro, o IPCA-15 teve um recuo de 0,14 ponto percentual, saindo de 0,35% para 0,21%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96% e, em 12 meses, de 5,05%, acima dos 5% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Variações

Conforme o IBGE, o IPCA-15 teve a maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.), pelo segundo mês consecutivo, na categoria transportes. O subitem passagem aérea subiu 23,75% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.). Nos combustíveis, houve redução de -0,44%, sendo -0,56% na gasolina e -0,27% no etanol e também no gás veicular; já odiesel teve elevação de 1,55%. 

Os grupos saúde e cuidados pessoais (0,28%) e habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram com 0,04 p.p. cada. No primeiro grupo, o aumento foi puxado pelos planos de saúde, com 0,77%. Já no segundo, destacam-se as altas no gás (1,24%) e no aluguel residencial (0,29%). 

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Com IBGE e agências

(PL)

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