Em jogo de um time só, Flu sucumbe para o City na final mundial

Mesmo sem Erling Haaland, Kevin de Bruyne e Jeremy Doku, o Manchester City venceu facilmente o Fluminense por 4 a 0 na final do mundial de clubes da Fifa, nesta sexta-feira (22), em Jedá, na Arábia Saudita.

Com 40 segundos de jogo já estava um a zero, gol de Álvarez. Aos 26 minutos Nino marcou contra. No segundo tempo Foden (26º 2T) e Álvarez (44º 2T) novamente decretaram o título inédito.

O time de Fernando Diniz tentou manter seu estilo com posse de bola, porém não obteve sucesso contra um dos fundadores do futebol no qual se inspira: Pep Guardiola.

Nesse quesito, o ‘guardiolismo’ mostra que o ‘dinizismo’ ainda está restrito ao patamar sul-americano, o que traz sérias dúvida sobre o que ele pode produzir como comandante da seleção brasileira.

Leia também: Governo deve reajustar o Bolsa Atleta, congelado há 12 anos

Não que se esperasse que o time de Cano e Fábio vencesse a partida, como o oba-oba da imprensa nacional fez muitos torcedores acreditarem. No entanto, ainda existia a esperança de um jogo mais equilibrado, mais chances para a equipe carioca e um placar menos elástico.

Nesse sentido, o ‘dinizismo’ poderia mostrar suas cartas e algum grau de superação, rememorando o São Paulo de Telê Santana que encarava de frente os europeus nos anos 90.

Porém, a distância para o futebol europeu – que também fica evidente com cada eliminação da seleção brasileira para seleções europeias nas últimas Copas – parece agora inalcançável.

Além da diferença financeira entre as ligas, o futebol brasileiro produz menos talentos do que antigamente. Dessa forma, as ricas equipes europeias formam verdadeiras ‘seleções’ mundiais (exemplo do goleiro brasileiro Ederson no City), enquanto os times brasileiros e sul-americanos contam com craques envelhecidos que só voltam a jogar em seus países após longa carreira no velho continente, como o caso do lateral Marcelo e do zagueiro Felipe Melo – a média de idade da equipe titular do Fluminense é de quase 32 anos, enquanto a do City de 27 anos.

Para completar, os veteranos do Fluminense ainda devem contar com Renato Augusto em 2024, quando irá completar 36 anos.

Placar

O resultado de hoje iguala o placar mais elástico em finais de mundial de clubes da Fifa. O Santos de Neymar também tomou 4 a 0, mas do Barcelona, em 2011. Na ocasião o treinador Pep Guardiola era técnico dos catalães.

Naquele Santos, Paulo Henrique Ganso era titular, assim como foi hoje pelo Flu contra o City. Assim, esteve nas duas derrotas: Guardiola 8 X 0 P.H. Ganso.

O treinador espanhol ainda venceu a competição em 2009, pelo Barça, e 2013, pelo Bayern de Munique, ou seja, se tornou tetracampeão como treinador.

Contanto mundiais organizados pela Fifa, as únicas equipes sul-americanas campeãs foram o São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2000-2012). Desde 2013, só os europeus vencem – este foi o 11º título consecutivo.