Lula e diretor da OMS debatem a produção da vacina contra dengue

Reunião contou com diretor da OPAS e com ministra da Saúde, Nísia Trindade, e teve debate sobre erradicação de doenças e resposta a futuras pandemias

Foto: Ricardo Stuckert

Na segunda-feira (5), o presidente Lula recebeu o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Acompanharam o encontro Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Na pauta a a eliminação de doenças e produção de vacinas brasileiras contra a dengue.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, reproduzidas pela Agência Brasil, não deu detalhes sobre iniciativas em curso, Adhanom afirmou que o Brasil pode ser um fornecedor do imunizante contra a dengue, por meio do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a única vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), incorporada no ano passado, é a Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda.

Tedros Adhanom também afirmou, segundo o governo, que a OMS pretende dar todo o apoio possível ao Brasil na eliminação de doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para filho, como o HIV. São exemplos das chamadas doenças determinadas socialmente.

Na próxima quarta-feira (7), o diretor-geral da OMS participará, com a ministra Nísia Trindade, do lançamento de um programa nacional de combate a essas doenças.

Nas redes sociais, o presidente informou que a conversa foi “sobre os esforços internacionais para a erradicação de doenças para as quais já existem vacinas, e para fazer remédios mais acessíveis”, além de medidas para prevenir e enfrentar futuras pandemias.

O diretor-geral da OMS e o presidente Lula ainda conversaram sobre a presidência do G20, que conta com um grupo de trabalho de saúde. Também falaram sobre a conclusão dos trabalhos do Órgão de Negociação Intergovernamental na elaboração e negociação de instrumento internacional para prevenção, preparo e resposta a pandemias. Nesse órgão, o Brasil atua como representante das Américas no grupo responsável pela coordenação dos trabalhos.

Em nota, o Palácio do Planalto destacou que Adhanom agradeceu o apoio do presidente Lula e pediu que o G20 possa pautar a discussão sobre o financiamento da saúde. Lula ressaltou que considera necessário haver uma melhor política tributária, que possa ampliar o financiamento do setor.

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Já a ministra Nísia Trindade destacou que o governo está comprometido com o esforço global para eliminar as doenças socialmente determinadas. Entre elas constam Doença de Chagas, malária, hepatites virais, tracoma, filariose, esquistossomose, oncorcercose e geo-helmintíases, além de reduzir e controlar outras, como tuberculose, HIV e hanseníase.