G20 apoia existência de dois Estados como solução para conflito na Palestina

Sob a presidência do Brasil, bloco reuniu 45 delegações, entre membros, convidados e Organizações Internacionais

Foto: Unicef/Hassan Islyeh

Os ministros das Relações Exteriores do G20, o bloco eonômico que reúne as maiores economias do planeta, demonstraram preocupação com o conflito na Palestina e o risco do alastramento para países vizinhos.

Sob a presidência do Brasil, o G20 reuniu, no Rio de Janeiro, 45 delegações, entre países membros, países convidados e Organizações Internacionais, sendo 32 delegações chefiadas em nível ministerial.

“Destacou-se, ademais, virtual unanimidade no apoio à solução de dois Estados como sendo a única solução possível para o conflito entre Israel e Palestina”, disse nesta quinta-feira (22) o chanceler brasileiro, ministro Mauro Vieira, na declaração à imprensa no final do encontro.

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No comunicado, o ministro brasileiro afirma que grande número de países, de todas as regiões, expressa preocupação com o conflito na Palestina, destacando o risco de alastramento aos países vizinhos.

“Vários demandaram, ademais, a imediata libertação dos reféns em poder do Hamas. Foi conferido especial destaque ao deslocamento forçado de mais de 1 milhão e 100 mil palestinos para o sul da Faixa de Gaza”, relata.

De acordo com o ministro, houve diversos pedidos em favor da liberação imediata do acesso para ajuda humanitária na Palestina, bem como apelos pela cessação das hostilidades.

“Muitos se posicionaram contrariamente à anunciada operação de Israel em Rafah, pedindo que o governo de Israel reconsidere e suspenda imediatamente essa decisão”, observa.

O chanceler afirma que foram duas sessões de trabalho muito produtivas.

“Na primeira sessão, o tema foi ‘tensões geopolíticas atuais’, os países membros, os países convidados e as organizações internacionais expressaram suas posições sobre o papel do G20 em relação às tensões em curso, incluindo os dois principais conflitos em discussão no grupo, ou seja, a Palestina e a Ucrânia. Vários países reiteraram a sua condenação da guerra na Ucrânia, como tem acontecido desde 2022 após o início do conflito, o que ocorreu durante as presidências da Indonésia e da Índia”.

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