Protesto nesta sexta (5) denuncia genocídio das crianças palestinas

Ação marca o Dia da Criança Palestina, com marcha até o Consulado de Israel, em São Paulo. Até o momento, cerca de 13 mil já foram mortas nos ataques a Gaza

Ato denuncia genocídio em SP. Foto: @matheusp/MTST

Como forma denunciar o genocídio das crianças palestinas na Faixa de Gaza, movimentos e organizações sociais e populares realizarão protesto, nesta sexta-feira (5), a partir das 10h, em São Paulo. A ação marca o Dia da Criança Palestina, que foi instituído nessa data pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A concentração acontecerá na Estação Berrini, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em seguida, os participantes sairão em caminhada — com faixas, cartazes, bandeiras e intervenções de denúncia — até o Consulado de Israel, onde haverá um ato político organizado pelo conjunto das entidades.

A mobilização é organizada por movimentos sociais do campo e da cidade, partidos políticos de esquerda, associações, centrais e federações sindicais e pede o fim do extermínio do povo palestino e a retirada imediata do exército de Israel de Gaza.

O número de crianças mortas na Faixa de Gaza — cerca de 12,3 mil entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024 — já ultrapassou o total de 12.193 crianças mortas em todas as guerras do mundo durante os anos de 2019 a 2022.

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Os dados foram compilados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que calcula que uma criança é morta a cada 10 minutos em Gaza. Se forem acrescentadas as mortes computadas em março, o número de crianças mortas em Gaza é superior a 13 mil, de acordo com o Ministério de Saúde do enclave palestino.

O Unicef alerta que mais de 600 mil crianças estão presas em Rafah, cidade próxima à fronteira do Egito, sem ter para aonde ir. A ONU afirma que boa parte dos moradores de Gaza está passando fome e a capacidade da rede hospitalar — que teve prédios total ou parcialmente destruídos pela ação de Israel — não consegue atender todos os feridos. Já são mais de 35 mil mortes, sendo 75% crianças e mulheres.

Além da ação genocida, Israel tem sido acusado — pela ONU e outras instituições — de dificultar a entrega de ajuda humanitária ao criar obstáculos burocráticos e não assegurar a proteção dos comboios de alimentos que tentam amenizar a crise na região.

Nesta semana, um ataque aéreo israelense no centro de Gaza matou sete trabalhadores da ONG World Central Kitchen (WCK), que estavam em missão humanitária, com a anuência e conhecimento de Israel. Com isso as operações da organização foram suspensas. 

(PL)

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