Elon Musk demitirá 10% dos funcionários da Tesla

Estimativa é que o corte possa atingir cerca de 15 mil trabalhadores em todo o mundo. Empresa de carros elétricos tem sofrido na disputa com a chinesa BYD

Yichuan Cao / getty

Aliado da extrema-direita internacional que tentou causar distúrbios infundados no Brasil com ataques ao Supremo Tribunal Federal, o fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, anunciou que demitirá 10% da força de trabalho global da empresa, algo estimado em 15 mil trabalhadores.

A decisão tem como base os maus resultados frente ao mercado global. A chinesa BYD já supera a Tesla em venda de carros elétricos em todo o mundo.

A informação do corte foi feita por memorando interno em que Musk, também dono do X (antigo Twitter), diz que o movimento adequa a companhia a uma próxima fase de crescimento, com isso prevê redução de custos e aumento da produtividade.

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De acordo com especialistas de mercado, as vendas dos carros da Tesla caíram pela primeira vez em quatro anos e a margem de lucro caiu em mais de 15% pelos cortes de preços exigidos para manter a competitividade. Isto porque a empresa de Musk não está conseguindo fazer frente aos modelos chineses da BYD, que a todo momento tem novos lançamentos.

Em 23 de abril há a expectativa de divulgação do balanço trimestral que deve confirmar os baixos resultados.

As vendas frustradas, ano a ano, culminam no maior corte que a empresa já registrou. Em 2017 o corte atingiu 2%, no ano seguinte 9%, depois 7% em 2019 e mais 3% em 2022. Fábricas em Xangai, na China, e no Texas, Estados Unidos, já estavam trabalhando com turnos reduzidos.

*Com informações de agências. Edição Vermelho, Murilo da Silva.

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