Lula defende indústria de defesa e potencial tecnológico brasileiro

Lula visitou a Embraer, gigante nacional da indústria aeronáutica, foi ao laboratório do ITA e inaugurou um alojamento estudantil

26.04.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de entrega de aeronave da Embraer à Azul, no Fábrica da Embraer, Hangar F300 – São José dos Campos (SP) Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de declarações enfáticas em defesa da indústria de defesa brasileira durante sua visita à Embraer, gigante nacional da indústria aeronáutica, que também anunciou investimento bilionário em 2024. Lula, acompanhado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, prestigiou a entrega oficial da aeronave “Azul & Embraer, Orgulho do Brasil” para a companhia aérea Azul, em uma cerimônia realizada na sede da empresa em São José dos Campos (SP).

A Embraer é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, líder no segmento de aeronaves com até 130 lugares e jatos executivos. Tem cerca de 19 mil empregados, com presença em todos os continentes. Neto ainda destacou que a empresa contratou 1,5 mil  novos funcionários em pouco mais de um ano, retomando a força de trabalho que tinha antes da pandemia de covid-19.”Estamos investindo cerca de R$ 2 bilhões neste ano, e gerando mais de 900 empregos diretos em nossas fábricas no Brasil”, anunciou o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto. 

O evento, além de marcar a entrega do novo avião, foi palco para uma série de pronunciamentos do ex-presidente, que enfatizou a importância estratégica de uma indústria de defesa forte para o Brasil. “Nós precisamos ter uma indústria de defesa muito forte para que a gente não fique dependendo de ninguém. Um país do tamanho do Brasil não pode ficar dependendo de tecnologias de países inferiores ao Brasil”, afirmou Lula.

Aos presentes, composto por integrantes da Aeronáutica e estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Lula destacou o papel da indústria de defesa não apenas para garantir a segurança nacional, mas também para promover o desenvolvimento tecnológico e industrial do país. “Uma indústria de defesa é para as pessoas saberem que o Brasil está preparado e que, através dessa indústria de defesa, a gente pode ter projetos e pode ter decisões científicas e tecnológicas para ajudar outros ramos da indústria brasileira”, acrescentou.

O presidente também enfatizou a necessidade de investimentos em ciência e tecnologia, ressaltando a importância de formar novos cientistas especializados no país. “Um país desse tamanho aqui, é preciso que todos nós tenhamos a capacidade de sonhar grande e levantemos de manhã com a disposição de tornar aquele sonho realidade”, afirmou Lula.

Além disso, Lula manifestou sua visão para o futuro da indústria brasileira, revelando seu desejo de posicionar o Brasil entre os principais fabricantes de turbinas do mundo. Ele destacou que já levou essa pauta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e expressou sua confiança no potencial do país para alcançar esse objetivo. “Nós precisamos acreditar que o Brasil não tem limite. Não tem povo mais inteligente que o nosso”, concluiu o presidente.

Com suas declarações, Lula reforçou a importância estratégica da indústria de defesa e do desenvolvimento tecnológico para o Brasil, inspirando otimismo e confiança no potencial do país para se destacar no cenário internacional.

No ITA, Lula visitou o Laboratório de Preparação e Integração e assiste uma apresentação do projeto do motor turbojato TR-5000, a turbina a jato 100% nacional. O presidente foi recebido pelo comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de outras autoridades. No mesmo evento, inaugurou o bloco 1 do alojamento estudantil H8, com capacidade para 80 estudantes. A estrutura faz parte do projeto de expansão do ITA.

 Na segunda parte da visita de Lula a São José, o presidente passou pela Embraer, onde foi recebido pelo presidente da companhia, Francisco Gomes Neto, e integrantes da diretoria, além de representantes da Azul, a única companhia aérea regular brasileira a operar os jatos comerciais de última geração da Embraer, feitos em São José.

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