Aeronave passa a ser montada também em fábrica da Embraer. Acordo prevê transferência de tecnologia e entrega de 36 unidades até 2027, das quais 15 serão feitas no Brasil
Segundo as entidades, após o fracasso do acordo com a Boeing, querem penalizar os funcionários pelo problema que a própria empresa causou
Houve 900 cortes diretos e 1.600 adesões ao Programa de Demissão Voluntária
Pandemia manteve brasileira nossa maior empresa de inovação e alta tecnologia
Especialistas afirmam que, em meio à crise sanitária, Embraer pode se tornar polo estratégico de tecnologia, atuando na fabricação de respiradores e em outras frentes. Boeing desistiu de comprar fabricante brasileira de aviões.
A empresa buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do acordo
Entre as causas da desistência do negócio de US$ 4,2 bilhões está a crise econômica advinda da pandemia do novo coronavírus.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a reanálise da aprovação da compra de parte da Embraer pela Boeing. A operação foi aprovada em janeiro pelo Conselho ao concluir que não houve problemas concorrenciais.
O senador Cid Gomes (PDT-CE) apresentou requerimento pedindo a realização de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para debater a entrega da Embraer à norte-americana Boeing. Para o Senador, esse é um crime de lesa-pátria cometido e a população precisa tomar conhecimento do que está por trás dessa transação.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) defendeu a destinação de recursos do Orçamento da União para o programa estratégico da FAB (Força Aérea Brasileira), o Embraer KC-390, no valor de R$ 650 milhões. Ela lembrou que o projeto, criado no governo Lula, compreende a aquisição de 28 aeronaves, sendo que a primeira delas já foi entregue.
Numa importante disputa de mercado mundial, a empresa brasileira está completamente rendida. Sua entrega, especialmente nessa conjuntura, é uma irresponsabilidade do governo Bolsonaro.
Por Osvaldo Bertolino
Os trabalhadores metalúrgicos da Embraer, em São José dos Campos (SP), entraram em greve nesta terça-feira (24), na primeira paralisação na fábrica em cinco anos. Os trabalhadores reivindicam aumento real de salário e preservação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva da categoria.