Prévia da inflação: IPCA-15 desacelera e marca 0,21% em abril

Este é o menor valor do índice medido pelo IBGE, para o mês de abril desde 2020. Registro mostra que no acumulado de 12 meses a variação está em 3,77%

Transportes foi o responsável por segurar a prévia divulgada, com queda de (-)0,49%, o que insere redução de (-)0,1% no índice geral. Essa baixa foi puxada pela redução nas passagens aéreas (-12,2%) e combustíveis (-0,03%). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (26), o IBGE divulgou IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a prévia da inflação, que apresentou desaceleração e marcou 0,21% em abril. O registro indica que a inflação continua em baixa, uma vez que decresceu em 0,15 ponto percentual em relação a março, que ficou em 0,36%, e, principalmente, demonstra que está sob controle, condição que permite a continuidade dos cortes da taxa de juros pelo Banco Central, como pede o governo e a população.

O valor de 0,21% em abril é o menor para o mês desde abril de 2020, quando registrou retração de (-)0,01% no início das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Com o resultado, a inflação acumulada pelo IPCA-15 nos últimos 12 meses está em 3,77%, ante 4,14% observados até março.

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O índice mede um período entre a ultima quinzena do mês anterior com a primeira do mês atual (15 de março a 15 de abril), como forma de captar a tendência para o mês, por isso é considerada a prévia da inflação, que será medida com o mês de abril fechado. Assim, o IPCA-15 mede nove grupos de pesquisa.

Nesse sentido, o grupo dos Transportes foi o responsável por segurar a prévia divulgada, com queda de (-)0,49%, o que insere redução de (-)0,1% no índice geral. Essa baixa foi puxada pela redução nas passagens aéreas (-12,2%) e combustíveis (-0,03%).

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
MarçoAbrilMarçoAbril
Índice Geral0,360,210,360,21
Alimentação e bebidas0,910,610,190,13
Habitação0,190,070,030,01
Artigos de residência-0,580,03-0,020
Vestuário-0,220,41-0,010,02
Transportes0,43-0,490,09-0,1
Saúde e cuidados pessoais0,610,780,080,1
Despesas pessoais-0,070,4-0,010,04
Educação0,140,050,010
Comunicação-0,040,1700,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema  Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.   

Nos outros oito grupos, os maiores impactos foram em Alimentação e bebidas, alta de 0,61% e impacto no índice em 0,13%, e Saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,78% e impacto de 0,1%.

Quanto aos índices regionais, o IBGE traz que “nove áreas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Recife (0,57%), por conta das altas do tomate (27,79%) e da gasolina (5,13%). Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (-0,02%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-17,10%) e da gasolina (-4,80%).”

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%)Variação Acumulada (%)
MarçoAbrilAno12 meses
Recife4,710,460,572,193,52
Belém4,460,740,332,474,44
Salvador7,190,230,311,813,55
Rio de Janeiro9,770,350,311,843,63
Brasília4,840,400,230,813,83
Curitiba8,090,460,231,513,31
São Paulo33,450,310,221,563,93
Belo Horizonte10,040,420,142,484,82
Goiânia4,960,140,081,542,99
Porto Alegre8,610,32-0,010,842,85
Fortaleza3,880,48-0,021,924,31
Brasil100,000,360,211,673,77
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, SistemaNacional de Índices de Preços ao Consumidor.

*Com informações IBGE