Márcio Jerry reage a críticas do mercado ao pacote fiscal de Haddad

“Queriam o ajuste, mas como veio sem cortes em direitos do povo eles correm a gritar contra. Que coisa!”, disse o deputado

Líder do PCdoB na Câmara, deputado Márcio Jerry (PCdoB/MA) | Foto: Richard Silva

O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Márcio Jerry (MA), criticou a reação negativa do mercado financeiro às medidas econômicas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O parlamentar acusou o setor de adotar uma postura de “chantagem” contra o governo federal.

“Impressionante e repulsiva essa chantagem do tal mercado ao governo do presidente Lula. Queriam o ajuste, mas como veio sem cortes em direitos do povo eles correm a gritar contra. Que coisa!”, afirmou Jerry em suas redes sociais.

As declarações do deputado ocorreram após o anúncio de um pacote fiscal que prevê, entre outras medidas, a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil mensais e a manutenção do aumento real do salário mínimo de forma sustentável. Além disso, o pacote inclui a imposição de uma idade mínima para que militares entrem na reserva e a limitação de transferências de pensões militares.

Economistas consultados pela Folha de S.Paulo avaliaram que o pacote tem potencial fiscal limitado, apontando a ausência de cortes significativos em despesas e a manutenção de benefícios sociais. Essa percepção gerou reações negativas no mercado financeiro, com oscilações nos índices da bolsa de valores e críticas à efetividade das ações propostas.

Jerry defendeu a decisão do governo de preservar direitos sociais, contrapondo-se às pressões por ajustes fiscais que impactem programas voltados à população. A reação do parlamentar reflete o posicionamento de uma ala do Congresso que prioriza a manutenção de políticas sociais como pilar das estratégias econômicas do governo Lula. O pacote anunciado também inclui medidas para aumentar a arrecadação e combater a evasão fiscal.

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Ascom deputado Márcio Jerry

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