STF começa ouvir na próxima semana os réus na ação penal da trama golpista

A Primeira Turma do Supremo concluiu as oitivas com as testemunhas de defesa. Nesta segunda-feira (2), o último a depor foi o senador Rogério Marinho (PL-RN)

Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para a próxima semana o início dos depoimentos dos réus da ação penal que investiga a tentativa de golpe envolvendo Jair Bolsonaro e mais sete aliados.

A Primeira Turma do Supremo concluiu as oitivas com as testemunhas de defesa. Nesta segunda-feira (2), o último a depor foi o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro.

Bolsonarista raiz, o parlamentar contou que o ex-presidente estava supostamente preocupado com os “excessos” de apoiadores nas ruas. “Eu via o presidente preocupado para não haver o bloqueio de rodovias, não prejudicasse a vida das pessoas, nada para atrapalhar a economia ou a mudança do comando do país”, disse.

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Na outra fase, o primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que delatou o esquema da organização criminosa.

Depois, serão ouvidos em ordem alfabética: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin); Almir Garnier (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Augusto Heleno (ex-ministro do GSI); Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Com exceção de Braga Netto, que se encontra preso – ele vai depor por videoconferência – , os demais serão ouvidos presencialmente.

Os acusados do chamado “Núcleo Crucial” da organização respondem pelos crimes de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Organização criminosa, Dano qualificado ao patrimônio da União e Deterioração de patrimônio tombado.

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