Morales reafirma sua intenção de “mudar a Bolívia para sempre”

O presidente da Bolívia, Evo Morales, reafirmou seu objetivo de "mudar a Bolívia para sempre" em mensagem publicada hoje no jornal do país por ocasião do primeiro trimestre de sua gestão. No texto ele diz que seu governo será &quot

Morales, dirigente do Movimento Ao Socialismo (MAS), ganhou as eleições presidenciais de dezembro com 54% dos votos e assumiu a Presidência em 22 de janeiro para um período constitucional de cinco anos. "Passaram apenas 90 dias, restam pela frente quase cinco anos nos quais o governo do povo mostrará sua firmeza e eficiência para mudar a Bolívia para sempre", afirmou no documento.

Morales diz que recebeu "um país destruído, desunido e desmoralizado por duas décadas de políticas neoliberais", que prometeu erradicar em seu governo.

O presidente acrescenta que, agora, "80% dos bolivianos acompanham o processo de mudança iniciado em 22 de janeiro e somente pequenos grupos oligárquicos ou funcionais continuam colocando seus interesses acima dos interesses da Bolívia".

A mensagem sustenta que o país "está recuperando a dignidade e a confiança", e que "já não se submete aos interesses estrangeiros" como ocorreu em toda a história nacional. "Tanto os países como as empresas estrangeiras devem saber que a Bolívia já não é terra de ninguém. A Bolívia se respeita", enfatiza, com a mesma frase usada para informar sobre a decisão de expulsar a companhia brasileira EBX por violar leis locais.

Segundo Morales, o governo começou a responder às necessidades mais imediatas da população, como o aumento de salários de professores, funcionários da saúde e aposentados, e a futura aplicação de um plano de empregos de emergência para 120 mil pessoas. Ele destaca o plano de austeridade nos altos níveis executivos e defende o plano de alfabetização, a campanha de dotação de cédulas de identidade e a redução de 25% na tarifa de eletricidade para os mais pobres, projetos em andamento. O presidente ressalta ainda o acordo legislativo para convocar eleições para formar a Assembléia Constituinte e um plebiscito que decidirá a implantação do regime autônomo nos nove departamentos do território.

Ao completar o terceiro mês de gestão, Morales afirma que declarou "guerra à corrupção" e que "o Estado já não é um lugar de enriquecimento para pequenos grupos elitistas, mas um espaço para trabalhar pelo bem comum". Em sua mensagem, o presidente boliviano reconhece que as expectativas são muitas, mas afirma que está "avançando a passos largos para deixar para trás uma história negra de exclusão e submissão".

Da Redação
Com agências