Aluízio Alves será retirado do coma induzido hoje à tarde

O presidente de honra do PMDB Potiguar, ex-ministro Aluízio Alves, teve uma piora do quadro clínico, ontem pela manhã, e continua sob coma induzido e respirando com ajuda de aparelhos, na UTI da Casa de Saúde São Lucas. Seu estado de saúde a

A equipe chefiada pelo intensivista e chefe da UTI do São Lucas, Miguel Angel Sicolo, concedeu entrevista coletiva ontem à tarde para divulgar o boletim médico do ex-ministro Aluízio Alves. Ele está sendo acompanhado pelos cardiologistas Ricardo Bitencout e Sérgio Peçanha, pelo neurologista Djacir Dantas e pelo nefrologista Andrei Medeiros. Miguel Angel Sicolo explicou que Aluízio Alves teve uma parada respiratória seguida de uma cardíaca, em sua residência, anteontem por volta das 13h. Os primeiros procedimentos de reanimação foram feitos pelo enfermeiro que o acompanha, através de massagem cardíaca.
 
Socorrido pelo SAMU, no trajeto para o hospital, o ex-ministro teve nova parada cardio-respiratória. O médico afastou a possibilidade dele ter ficado quase quarenta minutos sem respirar e sem batimento cardíaco. Ele deu entrada no São Lucas, por volta das 14h, e já na UTI teve nova parada cardíaca. Miguel Angel informou que a tomografia e ressonância magnética realizadas poucas horas após a internação do ex-ministro serviram apenas para afastar a existência de qualquer lesão cerebral que justificasse cirurgia de urgência. Nenhuma alteração grave foi encontrada.

Ontem pela manhã, foi detectada insuficiência renal, conseqüência da parada cardíaca. Até a liberação do boletim das 16h30, não havia indicação de hemodiálise. Normalmente, o coma induzido é mantido por 24 horas, até no máximo 48 horas. No caso de Aluízio Alves, os médicos prolongaram em função do problema nos rins. Sua pressão arterial e batimentos cardíacos estão normais, às custas de medicamentos. E ele respira com ajuda de aparelhos.

Hoje, pela manhã, os médicos farão nova avaliação clínica, tomografia e ressonância magnética, para fazer uma avaliação neurológica de Aluízio Alves. Embora os mesmos exames realizados ainda na tarde da internação não tenham acusado alterações graves, somente hoje será possível avaliar de forma precisa o cérebro do ex-ministro. É comum que nas primeiras horas não apresente danos. Miguel Angel afirmou que ainda não é possível definir o grau de comprometimento neurológico de Aluízio Alves. O médico explicou que qualquer parada superior a quatro minutos representa lesão cerebral. Quando o ex-ministro retornar do coma é que os médicos saberão se ele reagirá a estímulos.


Fonte: Diário de Natal