Bolívia exige investimento de US$ 1,5 bilhão de petrolíferas

O governo boliviano exigirá investimentos de cerca de US$ 1,5 bilhão das companhias petrolíferas que assinarem o contrato que as tornará prestadoras de serviço da YPFB. O dinheiro será usado na perfuração de novos poços para aumentar a produção de petróle

O anúncio foi feito na noite de terça-feira (26/9) pelo ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas. Ele disse que com as novas aplicações o país terá nos próximos dois anos gás suficiente “para cobrir a demanda da Argentina e qualquer outro pedido”.



O vice-presidente Álvaro García Linera já afirmou que o país está no limite de sua produção energética. Segundo ele, há gás suficiente para assumir novos compromissos, mas no subsolo, “não na boca do poço”.



Queda no investimento
Também na terça-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa paga 82% da receita da produção de gás e que os 18% restantes “podem pagar o custo de produção, mas não dão para fazer o investimento necessário para manter a produção. Se não houver mudança nas condições econômicas e locais, faltará investimento”.



Os investimentos das empresas petrolíferas estrangeiras na Bolívia estão caindo nos últimos anos. A projeção para este ano, de US$ 60 milhões, é menos de um décimo do recorde histórico, de US$ 610 milhões, registrado em 1998.



No ano passado, elas gastaram US$ 200 milhões no país. Para a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos, a queda em 2006 é resultado da falta de segurança jurídica, reforçada pelo decreto de nacionalização.