Nova edição de A Classe Operária denuncia privataria tucana
A edição mais recente de A Classe Operária traz como destaque de capa a privataria organizada e posta em prática pelo tucanato durante os anos de reinado de FHC, denunciada até mesmo pela revista Veja, instrumento de imprensa da direita brasileira. Em edi
Publicado 15/10/2006 20:13
Editorial – Na capa de A Classe Operária, o editorial destaca: “Com Lula, o Brasil é nosso. E precisa ser cada vez mais nosso, mais brasileiro e mais popular. Com uma economia forte, capaz de gerar mais empregos (nos primeiros quatro anos de Lula, a média mensal de criação de empregos foi onze vezes maior do que em todos os oito anos de FHC), melhorar a renda dos brasileiros (mais de três milhões saíram da faixa da pobreza absoluta, o salário aumentou e com ele, o consumo, principalmente de alimentos e materiais de construção), consolidar a soberania nacional (o Brasil ampliou o número de parceiros internacionais, fora da esfera das grandes potências) e melhorar o comércio exterior (cujo saldo cresceu mais de três vezes em apenas quatro anos, alcançando a inédita faixa de 120 bilhões de dólares de exportações)”.
Alckmin chefiou a privataria em São Paulo – Matéria assinada por Gustavo Alves fala sobre discurso feito pelo deputado federal do PCdoB/SP, Jamil Murad, no qual o parlamentar demonstra os males causados pelas privatizações encabeçadas por Geraldo Alckmin no governo paulista. “Quem é que agride o presidente Lula? Geraldo Alckmin, que foi o chefe da privataria no meu estado, o estado de São Paulo. Privatizou a companhia de gás, privatizou o setor elétrico, inclusive com empréstimo do BNDES, com prejuízo para o BNDES”, disse Murad.
O alckimista do desastre – Na mesma direção do parlamentar comunista, Altamiro Borges, secretário nacional de Comunicação do PCdoB, denuncia a situação do estado mostrando que “segundo recente estudo do economista Marcio Pochmann, se esta política neoliberal nefasta for mantida, o PIB per capita de São Paulo vai cair da terceira posição no ranking nacional para 11º lugar até 2012, com efeitos dramáticos sobre o emprego e a renda dos paulistas. Enquanto isso, a minoria parasitária, que vive dos juros dos títulos da dívida pública, terá maiores privilégios. Ao mesmo tempo, diz ele, em conseqüência dessa política, São Paulo concentrou o maior número de pobres do país, situação diretamente ligada à perda dos bons empregos, que são industriais”.
PCdoB quer uma reforma política para ampliar a democracia – Neste artigo, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo fala sobre os principais aspectos que uma reforma política deve contemplar para melhorar o processo, dar maior igualdade às legendas e garantir um caráter realmente democrático para as regras eleitorais. “O PCdoB defende uma reforma política democrática para fortalecer, e não restringir, os partidos políticos. Ela precisa levar em conta critérios e mecanismos para o aperfeiçoamento democrático para que o eleitor, ao votar, escolha o partido, e não o candidato, como ocorre hoje”, diz o dirigente.
PCdoB ganha fôlego para enfrentar cláusula de barreira – Em entrevista ao jornal, o secretário de Organização do PCdoB, Walter Sorrentino, faz uma análise preliminar do desempenho do partido. Para o dirigente, “O resultado é positivo, não obstante o índice de 2,13% dos votos alcançados seja ligeiramente menor do que o alcançado em 2002, quando tivemos 2,25%. Mas esse decréscimo é compreensível e já era esperado porque grandes campeões de votos em 2002, como Agnelo, Inácio e Jandira, não se candidataram neste ano à Câmara. O importante é que superamos os 2% em nove estados (e nesses alcançamos 4,36% dos votos válidos), o que representa a superação de uma das cláusulas de barreira”. – Por Priscila Lobregatte
Abuso de poder nas eleições ao Senado -Matéria assinada por Carlos Henrique Miranda mostra as ações de setores conservadores do Rio de Janeiro para prejudicar a candidatura de Jandira Feghali ao Senado. Em 30 de setembro e 1º de outubro, dia da eleição, usuários das operadoras TIM e OI receberam, muitos ainda na fila de votação, torpedos que diziam: “Igreja e ongs pedem que eleitores não votem em Jandira Feghali por a candidata pregar a não existência de Deus e defender o aborto”. O PCdoB/RJ entrou com representação junto ao TRE no último dia 9 solicitando a abertura de investigação judicial para apurar a prática de abuso de poder econômico.
Sem legitimidade constitucional – Aqui, o procurador aposentado Samuel Sérgio Salinas faz uma contundente análise sobre o caráter arbitrário e inconstitucional da cláusula de barreira. Para ele, “a exigência de que tenha tantos membros neste ou naquele estado para se caracterizar como partido nacional é uma intromissão fática inadmissível ao preceito constitucional. O caráter nacional não se caracteriza pelo número de aderentes pertencentes a tantas ou quais unidades da Federação. Pelo contrário, esta contraditória exigência compeliria o partido a ser parcialmente federativo, a despeito do que dispõe a norma constitucional”.
A luta para derrotar Alckmin no segundo turno – Líderes de quatro das principais organizações dos movimentos sociais – CUT, UNE, MST e Conam – falam sobre a mobilização das bases para o segundo turno das eleições. “Não podemos ter dúvidas nem vacilações: a vitória de Alckmin seria uma tremenda derrota da classe trabalhadora brasileira, com uma ofensiva ainda maior do capital e uma alteração importante da correlação de forças na América Latina no sentido da submissão aos Estados Unidos”, disse João Pedro Stédile, líder do MST. Por Priscila Lobregatte
Lula X Alckmin: dois projetos antagônicos – Pautado pelas relações exteriores – umas das áreas mais proeminentes do governo Lula – Ronaldo Carmona, da secretaria de Relações Internacionais do PCdoB traça um panorama sobre as diferenças dos programas de governo propostos por Alckmin e Lula na área. “Seja no debate, seja ao longo de toda a campanha eleitoral, Geraldo Alckmin vem explicitando em seu programa de política externa retrocessos em toda linha. De forma agressiva, o candidato da direita distribuiu ameaças, em particular contra a Bolívia, além de propor, na prática, um rompimento da aliança com a China. Quer falar grosso com a Bolívia enquanto propõe a volta a ALCA, da submissão do país à esfera de influência do imperialismo norte-americano, com a abdicação a um projeto próprio para a América do Sul, via fortalecimento do Mercosul e estruturação da Comunidade Sul-americana de Nações”, diz Carmona.
Leia a íntegra destas e de outras matérias no jornal A Classe Operária. Para obter um exemplar ou fazer a assinatura do jornal, entre em contato com o comitê de seu estado ou com a secretaria de Comunicação do comitê central do PCdoB, pelo (11) 3054-1800.