Sem teto obtém acordo

As 70 famílias sem teto que desde o último dia 9 ocupam um prédio da Companhia Docas do Rio de Janeiro, próximo à Rodoviária Novo Rio, conseguiram um acordo com o Ministério das Cidades, para resolver o impasse. Pelo que ficou acertado está previsto o cad

As residências, no entanto, somente ficariam prontas em abril de 2007, o que não resolveria de imediato o problema. Os sem teto e as entidades que os apóiam estão cobrando o assentamento provisório dos ocupantes das Docas, e a participação do governo do estado e da prefeitura do Rio, que até o momento se negaram a buscar uma solução para o caso.

Histórico


A luta das 70 famílias não é de hoje. Eles ocuparam um prédio ao lado da Câmara dos Vereadores do Rio, em agosto de 2005, e, em julho último, um prédio particular abandonado, no Rio Comprido. Naquela época, o Iterj (órgão do governo do estado) cadastrou as famílias e se comprometeu em solucionar o problema de imediato. Apesar disto, a promessa não foi cumprida, com as famílias não tendo alternativa senão realizar uma nova ocupação, desta vez, no prédio da Companhia Docas.


Estado e prefeitura não estão nem aí


Tanto o governo do estado quanto a prefeitura do Rio vêm se negando a resolver o problema da falta de moradia. O caso das famílias que ocupam as Docas é somente a ponta do iceberg. Para que se tenha uma idéia, em 2004 foi criado o Conselho Nacional das Cidades, com verba prevista para investimento em construção de moradias e saneamento básico de mais de R$ 1 bilhão. Mas até hoje nem o governo do estado nem a prefeitura do Rio criaram os seus conselhos regionais o que seria fundamental para encontrar soluções para o problema da moradia. Sem a constituição dos conselhos, o governo federal não pode liberar recursos para a solução do problema. Desta forma casos como o de Docas tendem a se ampliar.


Fonte: CUT/RJ