Bahia prepara Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo
Trabalhadores de todo o país continuam mobilizad
Publicado 29/11/2006 23:20 | Editado 04/03/2020 16:21
O evento contou com a participação de trabalhadores de diversas categorias, estudantes e líderes comunitários. Além da CUT que integra a Coordenação de Movimentos Sociais, também participaram outras centrais sindicais.
A Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo, organizada a partir de 2004 e que tem a sua terceira versão esse ano, acumula conquistas. Fruto da mobilização dos trabalhadores e das discussões com o governo Lula, o salário mínimo teve no ano passado, o maior reajuste desde 1979 passando de $300,00 para $350,00. Além de discutir com a sociedade a importância do aumento do salário mínimo, os trabalhadores pretendem que o Governo Lula e o Congresso Nacional definam políticas de valorização do salário mínimo. Lutam também pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário e pela correção da tabela do Imposto de Renda.
O segundo mandato de Lula deve se iniciar valorizando o trabalho
O dirigente nacional da CUT, Everaldo Augusto, ao falar no ato político que ocorreu na Praça da Piedade, em frente à Delegacia Regional do Trabalho, ao final da caminhada, defendeu que o segundo mandato de Lula comece avançando na valorização do trabalho. “Essas manifestações que ocorrem em todo o país pela valorização do salário mínimo têm uma importância muito grande porque permitem incorporar na luta os mais diversos segmentos dos trabalhadores, inclusive os aposentados. Além disso contribuem de forma decisiva para que o segundo mandato do presidente Lula se inicie com o pé direito, avançando no sentido da valorização do trabalho”.
Para Everaldo é inadmissível que se continue o reajuste de salários, principalmente do salário mínimo, num patamar apenas do índice da inflação. “A luta é pelo aumento real dos salários, sobretudo do salário mínimo, para que se possa avançar para uma política de valorização e de resgate do significado do salário mínimo. Um salário de R$420,00 é um terço do que a Constituição garante aos trabalhadores”, disse.
O presidente estadual da CUT /Bahia, Martiniano Costa, disse que “as centrais sindicais estão unidas em torno da valorização do salário mínimo. Além disso, fruto da mobilização dos trabalhadores, conseguiu-se aumentar, em anos anteriores, o patamar proposto pelo governo. Exigimos desse governo que sente conosco para negociar”, disse.
Desenvolvimento econômico com distribuição de renda
Os trabalhadores defendem ainda que é essencial unir o desenvolvimento econômico com distribuição de renda para que o salário mínimo seja valorizado permanentemente. Ressaltam a importância da criação de mais postos de trabalho, geração de renda, combate à corrupção e à sonegação fiscal, além da realização da reforma agrária.