Mandato do senador Cícero Lucena também pode estar ameaçado

Os famosos cheques da Fac (Fundação de Ação Comunitária) também ameaçam o mandato de senador que Cícero Lucena (PSDB) conquistou nas urnas, porque o ex-prefeito da Capital também teria se beneficiado eleitoralmente daquele tipo de ajuda financeira que

Esse é um dos argumentos de que se vale o senador Ney Suassuna (PMDB) em seu recurso contra a diplomação de Cícero, que há duas semanas foi protocolizada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Advogados de Ney lembram, inclusive, que até mesmo a perícia do Tribunal de Contas da União (TCU) no processo da Fac constatou que Cícero foi beneficiado pela distribuição dos 35 mil cheques na véspera do período eleitoral.


 


Além dos cheques, o recurso de Ney centra fogo nas toneladas de camisas amarelas que foram encontradas em poder do suplente de Cícero, o empresário João Rafael, de Guarabira. O material ilegal de campanha encontrava-se guardado, sem nota fiscal, num galpão pertencente ao empresário, naquela cidade.


 


Aos fiscais que apreenderam o material e lacraram o imóvel onde estavam armazenadas as camisas o empresário teria dito que tudo aquilo era uma encomenda de uma promotora de eventos da Bahia. A Polícia Federal foi acionada para checar a informação. A tal encomenda foi terminantemente negada pelas pessoas indicadas por João Rafael.


 


Além desse recurso do adversário, Cícero Lucena também está com o mandato ameaçado porque suas contas de campanha foram rejeitadas por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No meio jurídico comenta-se que decisões unânimes dos regionais muito dificilmente são reformadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente quando têm respaldo em parecer do Ministério Público Eleitoral e, como base, a minuciosa análise da área técnica dos TREs.


 


Com informes: Jornal da Paraíba/Correio da Paraíba