Simulação das urnas dá vitória a comunista para Presidência da Câmara
A deputada comunista Manuela D´Ávila (RS) foi eleita presidente da Câmara dos Deputados na simulação das urnas eletrônicas realizadas nesta quarta-feira (24). ''É um bom presságio'', reagiu o presidente da Casa e candidato à reeleição, o também comunis
Publicado 24/01/2007 14:12
O teste foi feito no plenário por assessores das lideranças dos partidos. Eles simularam a escolha a partir de nomes de deputados que iniciarão o primeiro mandato na nova legislatura. Manuela recebeu 24 votos, Rebecca Garcia (PP-AM) teve 12 votos e Gladson Cameli (PP-AC) obteve sete.
Neste ano, pela primeira vez, a eleição para escolha do Presidente e demais membros da Mesa Diretora será feita por meio de urna eletrônica, que substitui as cédulas de papel. A eleição, que acontecerá no dia 1º de fevereiro, escolherá o presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e respectivos suplentes.
A estimativa da Secretaria-Geral da Mesa é que em uma votação simples, cada deputado deve levar cerca de 15 segundos para votar. No caso da eleição para a Mesa Diretora, em razão de haver diversos cargos em disputa, esse tempo poderá ser de 45 segundos. A apuração, que no sistema de cédulas já durou cerca de 14 horas, será instantânea.
Haverá oito urnas eletrônicas no plenário, em cabines indevassáveis. No painel eletrônico, ficará destacado o nome do deputado que já votou, o que permite ao presidente identificar se todos já votaram.
Mais idoso
A Mesa da posse será composta apenas pelo presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP), já que o mandato dos atuais componentes terá expirado. Entretanto, Aldo não poderá presidir a sessão, porque é candidato. O presidente deverá ser o deputado mais idoso entre os que tiverem maior número de mandatos.
Nessa sessão, apenas os candidatos à Presidência poderão discursar. Concorrem ao cargo, além de Aldo Rebelo, o petista Arlindo Chinaglia (SP) e o tucano Gustavo Fruet (PR).
Secreto
O diretor da Coordenação do Sistema de Voto Eletrônico da Câmara, Leírton Saraiva de Castro, afirmou que é impossível ocorrer violação na urna eletrônica da Câmara. Segundo ele, no momento em que o deputado vota, esse voto é criptografado (codificado de maneira que fique ilegível) e armazenado em um banco de dados até o momento da apuração. Esses dados serão descartados logo após a totalização dos votos. ''O voto descodificado não é gravado em momento algum'', diz.
O sistema utilizou como referência a urna eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A urna da Câmara, no entanto, dispensa a necessidade de mesário para identificar o eleitor. Ela se assemelha a um terminal de auto-atendimento, em que o próprio deputado se identifica com a sua senha e com a impressão digital (o que já é feito nas votações em Plenário). Em seguida, aparecem as fotos dos candidatos, lado a lado, e o deputado toca na foto daquele que preferir. Os demais cargos, no caso de eleição da Mesa, aparecem sucessivamente.
De Brasília
Márcia Xavier
Com Agência Câmara